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Nacional
Sábado - 24 de Abril de 2004 às 17:43
Por: Carolina Skandarian

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Rio de Janeiro - O secretário de Segurança Pública, Anthony Garotinho, anunciou hoje, durante seu programa semanal de rádio, um plano que tem o objetivo reduzir a quantidade de armas em circulação no Estado, com oferta de recompensa em dinheiro à pessoa que entregá-las. "A gratificação será dada ao policial que apreender armas. Mas vamos criar também um disque-armas, onde as pessoas que têm uma arma em casa vão poder ligar para entregá-la e receberão o dinheiro", informou o secretário, argumentando as armas em circulação tornam o criminoso mais ofensivo."

Garotinho disse que a proposta será apresentada na quarta-feira, durante um Seminário Internacional de Armas, promovido pelas Organizações das Nações Unidas (ONU) e pela Secretaria de Segurança Pública do Rio, da qual participarão especialistas internacionais na questão de armamento.

O secretário disse também que, amanhã, será inaugurado o sistema de monitoramento por câmeras em 16 pontos da Ilha do Governador, na zona norte. Por razões de segurança, ele não divulgou o local onde será instalado o equipamento. As favelas do bairro vivem sob constante ameaça de invasão por quadrilhas rivais de traficantes.

A Linha Vermelha, considerada umas das principais vias expressas da cidade e alvo constante dos criminosos por ser cercada por favelas, também vai ganhar, na semana que vem, câmeras em toda sua extensão, segundo Garotinho. A medida é uma forma de tentar garantir a segurança dos motoristas que trafegam pela via. Haverá uma sala de monitoramento para centralizar as imagens.

Granadas

Sobre a investigação que apura como 161 granadas de uso exclusivo militar foram parar na favela da Coréia, zona oeste, Garotinho disse que não tem dúvidas de que elas foram desviadas da Aeronáutica. Os explosivos foram apreendidos em uma operação policial na terça-feira, junto com oito minas terrestres e 30 mil balas para fuzil e pistola.

"Não há dúvida, embora haja um desmentido da Aeronáutica. O fabricante das granadas (RJC Defesa Aeroespacial) não teria por que inventar que elas foram vendidas para a Aeronáutica. O controle da corporação vai apurar, no inquérito, que houve desvio. É preciso que não haja corporativismo, achando que uma instituição é melhor do que a outra. A corrupção existe em todo lugar: na Polícia Civil, na Polícia Militar, no Exército, na Marinha e na Aeronáutica", disse o secretário.




Fonte: Estadão.com

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