Veterinários europeus visitam produção de bovinos

Uma missão de especialistas veterinários da União Européia (UE) chega ao Brasil nesta segunda-feira para avaliar as condições do rebanho e do sistema brasileiro de produção de carne bovina. Os técnicos, que permanecem no país até o próximo dia 6 de maio, devem visitar as instalações das indústrias frigoríficas habilitadas a exportar para o bloco, além de postos de fiscalização nas fronteiras e unidades veterinárias nos estados.

Na segunda, às 13 horas, está prevista uma reunião de trabalho na Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em Brasília. Em seguida, devem viajar para cumprir o roteiro em quatro estados.

No acumulado do primeiro trimestre deste ano, as vendas de carne bovina industrializada ao bloco europeu chegaram a US$ 40 milhões, contra US$ 32 milhões em igual período do ano passado.

Roteiro - Durante a visita, os veterinários Niels Morgensen, Ana Vela Ramirez, Antônio Rosinha, Laurence Moreau e Reinhard Riemer percorrerão 16 cidades de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia. Estão previstas no roteiro preliminar visitas a Goiânia, Rio Verde e Goianira (GO); Cuiabá, Barra do Garças, Araputanga, Várzea Grande, Paranatinga, São José dos Quatro Marcos, Lucas do Rio Verde e Tangará da Serra (MT); Campo Grande, Três Lagoas, Nova Andradina e Ponta Porã (MS); e Vilhena (RO). A equipe da UE deve encerrar sua missão na quinta-feira (06/05), também com uma reunião no ministério, em Brasília.

Os técnicos europeus também conhecerão as novas normas operacionais e procedimentos de rastreamento e identificação dos animais do Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov), em vigor desde o início de abril. As novas normas facilitam a operacionalização do sistema, padronização do selo de identificação, além de ajudar no combate a doenças, aumentar o envolvimento dos Estados e rastrear os animais a partir dos 40 dias de idade.

A partir de 31 de dezembro de 2005, todo animal originário de criação de zona livre de febre aftosa e dos estados em processo de declaração, independente de ser destinado à exportação, deverá ser incluído no Sisbov. A inclusão do animal nascido após esta data deverá ocorrer até 90 dias após seu nascimento. Os animais originários dos demais estados deverão estar no sistema a partir de 31 de dezembro de 2007. Hoje, existem quase 15 milhões de animais no Sisbov. O rastreamento é uma exigência do mercado internacional para o comércio de bovinos.