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Sábado - 24 de Abril de 2004 às 15:16

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As pequenas manias de Albert Einstein, o autor da teoria da relatividade, são descritas pelo diário de sua última companheira, 22 anos mais jovem que ele, e que, para todos os efeitos, se fazia passar pela cabeleireira pessoal do cientista.

O pequeno diário de Johanna Fantova, datilografado em alemão, foi encontrado entre os pertences pessoais de Einstein pelos universitários que pesquisavam os poemas que o cientista escreveu para sua amante, uma ex-restauradora de cartografia da biblioteca Firestone da Universidade de Princeton.

"A menos que uma descoberta similar seja feita no futuro, essa obra é o único diário existente de alguém íntimo de Einstein, pelo menos no período final de sua vida", afirma um trecho do artigo sobre a descoberta que será divulgado publicado no próximo mês e que foi escrito por Alice Calaprice, uma das pesquisadoras e ex-editora da Princeton University Press, que publica os documentos de Einstein.

Mas quem espera encontrar nas páginas da obra a solução das complexas equações elaboradas pelo Prêmio Nobel vai ficar decepcionado, alertam os pesquisadores citados pelo jornal The New York Times.

Em suas páginas, Fantova relata que Einstein se comparava com um "velho automóvel cheio de problemas mecânicos" e se queixava de seus freqüentes problemas de memória e da grande quantidade de visitas que recebia diariamente. Mas, quando estava de melhor humor, costumava dizer que era "um Vesúvio em erupção".

Fantova afirma que Eisntein preferia fingir que estava doente para evitar ser fotografado com um desafeto ou com um visitante.

Donald Skemer, responsável pela biblioteca de Princeton, destaca que o diário fala principalmente das dores nas costas de que sofria o brilhante cientista.

Fantova, batizada como Johanna Bobasch ao nascer em 1901, na fronteira da atual República Tcheca, conheceu Einstein em 1929. Na ocasião, ela era casada com Otto Fanta, cujos pais tinham um salão de barbeiros em Praga, freqüentado por Einstein e Franz Kafka.

Os dois voltaram a se encontrar nos Estados Unidos, em 1940, sete anos depois do célebre cientista judeu fugir da Alemanha nazista, e desde então não se separaram até a morte de Einstein, em abril de 1955, aos 76 anos.

O jornal relata os últimos 18 meses de sua relação com Einstein e descreve com minúcia suas meditações, opiniões e queixas.

Aparentente, Einstein e Fontova faziam tudo juntos e adoravam ir a concertos e navegar.

O diário também relata que, em seu aniversário de 75 anos, Einstein recebeu de presente um papagaio, a quem batizou de Bibo, e que a ave caiu em depressão com a morte de seu dono.




Fonte: AFP

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