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Pais vão avaliar o ensino básico público
Pais de alunos de escolas da rede pública deverão avaliar no final deste semestre a qualidade do ensino básico a que os filhos têm acesso. Diretores também devem contar até o final do ano com uma escola de gestores da educação básica para aperfeiçoar formas de gerenciamento.
As duas medidas fazem parte de um "pacote" a ser apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na terça com o objetivo de tentar melhorar a qualidade dos ensinos fundamental e médio no país.
Entre as sugestões está um processo de mobilização de governadores e prefeitos, cujo início é previsto para o mês que vem, com a apresentação dos novos dados do Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica).
A Folha apurou que os resultados da prova de português apresentaram pequena melhora em relação a 2001. Já os de matemática se mantiveram em patamares semelhantes à avaliação anterior, considerados ruins. Os números finais ainda estão sendo fechados.
Dados do Saeb de 2001, último divulgado, apontam que 59% dos alunos da 4ª série tiveram desempenho crítico ou muito crítico na prova de português. Ou seja, não desenvolveram habilidades de leitura compatíveis com a série em que estavam matriculados.
Em matemática, o resultado foi parecido naquele ano: 52% dos estudantes estavam em situação crítica ou muito crítica.
O MEC irá propor que o presidente Lula reúna governadores e prefeitos de capitais para divulgar os números de 2003 e discutir a criação de um plano nacional para melhorar o ensino.
Nele, serão incluídas ações para capacitar e qualificar professores de escolas públicas. Uma delas é a rede nacional de formação continuada, que começou a ser implantada em 2003 por convênio com universidades.
Integrantes do MEC avaliam que os professores não têm sido preparados pelas instituições de ensino superior para enfrentar a realidade das salas de aula, além de receberem na maior parte dos Estados baixos salários, que não permitem aperfeiçoamento.
O cronograma discutido no Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) prevê, entre junho e julho, a avaliação dos pais sobre as escolas. Será acompanhada de debates. A idéia é fazer anualmente esse tipo de avaliação.
Em setembro, será lançada a Escola Nacional de Gestores da Educação Básica, em parceria com a Enap (Escola Nacional de Administração Pública). Em três anos, a meta é atingir pelo menos um quinto dos 240 mil diretores de escolas estaduais e municipais.
Para o final do ano, entre novembro e dezembro, está previsto o Saeb já na "nova versão" --universalizado (com todas as escolas participando) e anual. Até 2003, a avaliação não atingia todas as escolas e acontecia a cada dois anos.
Porém o exame deve ser aplicado neste ano apenas para alunos de 4ª e 8ª série, não incluindo o 3º ano do ensino médio. A avaliação para os alunos do último ano do básico ficaria para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). A partir de 2004, o Enem passaria a ser absorvido pelo Saeb.
As duas medidas fazem parte de um "pacote" a ser apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na terça com o objetivo de tentar melhorar a qualidade dos ensinos fundamental e médio no país.
Entre as sugestões está um processo de mobilização de governadores e prefeitos, cujo início é previsto para o mês que vem, com a apresentação dos novos dados do Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica).
A Folha apurou que os resultados da prova de português apresentaram pequena melhora em relação a 2001. Já os de matemática se mantiveram em patamares semelhantes à avaliação anterior, considerados ruins. Os números finais ainda estão sendo fechados.
Dados do Saeb de 2001, último divulgado, apontam que 59% dos alunos da 4ª série tiveram desempenho crítico ou muito crítico na prova de português. Ou seja, não desenvolveram habilidades de leitura compatíveis com a série em que estavam matriculados.
Em matemática, o resultado foi parecido naquele ano: 52% dos estudantes estavam em situação crítica ou muito crítica.
O MEC irá propor que o presidente Lula reúna governadores e prefeitos de capitais para divulgar os números de 2003 e discutir a criação de um plano nacional para melhorar o ensino.
Nele, serão incluídas ações para capacitar e qualificar professores de escolas públicas. Uma delas é a rede nacional de formação continuada, que começou a ser implantada em 2003 por convênio com universidades.
Integrantes do MEC avaliam que os professores não têm sido preparados pelas instituições de ensino superior para enfrentar a realidade das salas de aula, além de receberem na maior parte dos Estados baixos salários, que não permitem aperfeiçoamento.
O cronograma discutido no Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) prevê, entre junho e julho, a avaliação dos pais sobre as escolas. Será acompanhada de debates. A idéia é fazer anualmente esse tipo de avaliação.
Em setembro, será lançada a Escola Nacional de Gestores da Educação Básica, em parceria com a Enap (Escola Nacional de Administração Pública). Em três anos, a meta é atingir pelo menos um quinto dos 240 mil diretores de escolas estaduais e municipais.
Para o final do ano, entre novembro e dezembro, está previsto o Saeb já na "nova versão" --universalizado (com todas as escolas participando) e anual. Até 2003, a avaliação não atingia todas as escolas e acontecia a cada dois anos.
Porém o exame deve ser aplicado neste ano apenas para alunos de 4ª e 8ª série, não incluindo o 3º ano do ensino médio. A avaliação para os alunos do último ano do básico ficaria para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). A partir de 2004, o Enem passaria a ser absorvido pelo Saeb.
Fonte:
Folha de São Paulo/Brasilia
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/385083/visualizar/
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