Sorriso, cidade no Médio-Norte deo estado
(Foto: Leandro J. Nascimento/G1)
O município mato-grossense de Sorriso, distante 420 quilômetros de Cuiabá, foi reconhecido como a Capital Nacional do Agronegócio. O título foi conferido por meio da Lei número 12.724, de 16 de outubro de 2012, publicada na edição desta quarta-feira (17) do Diário Oficial da União.
A lei é assinada pela presidente da República, Dilma Rousseff, e pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Mendes Ribeiro Filho.
Em âmbito local a cidade já utilizava o slogan institucional desde que foi aprovada a lei de número 1.893/10, sancionada à época pelo prefeito Clomir Bedin (PMDB). Em 2010 o Poder Legislativo apreciou o projeto de lei número 5, dispondo sobre a criação do institucional "Sorriso, a Capital Nacional do Agronegócio", sob autoria de Luis Fábio Marchioro (PDT), Ilton Polesello (PTB) e Leocir José Faccio (PDT).
Com a medida, o município passou a utilizar em seus documentos oficiais e mensagens institucionais o mesmo slogan com objetivo de "promover o atributo peculiar do maior produtor de grãos do Brasil", mensura o artigo primeiro da lei.
Localizado no Médio Norte do estado, Sorriso é o maior produtor individual brasileiro e mundial de soja. Sua área agricultável chega a 633 mil hectares. Na safra 2011/12 produziu 2,1 milhões de toneladas de soja, conforme o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Na temporada 2012/13 a estimativa é que oferte também 2,1 milhões de toneladas, representando cerca de 9% do volume total que deve ser colhido no estado - atualmente projetado em mais de 24,1 milhões de toneladas, 13% a mais que 2011/12.
No campo a semeadura avança. Ao lado de Lucas do Rio Verde, a 360 quilômetros da capital, Sorriso ocupa a ponta entre as cidades do Médio-Norte onde o plantio registra o maior percentual de avanço: 30% das áreas foram percorridas.
Presidente do Sindicato Rural do município, Laércio Pedro Lenz diz que a expectativa de safra caminha em direção a um cenário de alta. A estimativa é que a colheita renda entre 2,1 milhões de toneladas a 2,2 milhões de toneladas em 2012/13. Se o desempenho no campo confirmar-se, o município recupera a curva ascendente na produção da oleaginosa.
Conforme explica Lenz, a sequência de alta foi interrompida na temporada 2011/12 quando a produção tornou-se menor frente à registrada em 2010/11. "Caiu a produção em função do clima e também porque incidiu muita doença [como a ferrugem asiática]", considerou o produtor rural. Entre um ciclo e outro a safra retraiu de 2,28 milhões de toneladas para 2 milhões de toneladas.
Em Mato Grosso, o plantio da safra chega até a última semana a 17,3% dos 7,8 milhões de hectares que serão ocupados pela cultura. O número representa um acréscimo de 11,6% sobre o espaço destinado à oleaginosa em 2011/12, quando foram 7 milhões de hectares.
Contrastes no campo
Mesmo mantendo o título de maior produtor individual de soja, na última safra Sorriso entrou para o seleto grupo dos municípios onde pela primeira vez a produção de milho tornou-se superior que a da oleaginosa. Foram 25% a mais com o cereal. A mesma realidade foi verificada em Lucas do Rio Verde, Vera e Cláudia.
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