Explosão provocou buraco no muro da parte lateral
do presídio em Cuiabá (Foto: Reprodução/ TVCA)
Onze detentos recapturados pelas polícias Civil e Militar após fugirem da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, durante a explosão de um dos muros da unidade, foram transferidos na manhã desta quarta-feira (17) para o presídio federal de Catanduvas (PR). Eles deixaram a penitenciária e seguiram escoltados para o Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, região metropolitana da capital.
A Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) informou que os reeducandos foram transferidos porque são considerados de alta periculosidade. De acordo com a polícia, a transferência foi feita por medida de segurança.
Ao todo, 35 presos fugiram da Penitenciária Central e quase dois meses depois apenas 16 reeducandos foram recapturados. Desse modo, a polícia ainda mantém as buscas pelos outros 19 que ainda encontram-se foragidos.
Na noite do dia 20 de agosto, os presos serraram as grades das celas e se preparam para fugir. Para isso, contaram com o apoio de pessoas que estavam do lado de fora do presídio, responsáveis pela explosão, que abriu um buraco no muro da unidade, por onde os reeducandos passaram. Conforme a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), oito veículos estavam perto da penitenciária para ajudar na fuga dos detentos.
O presídio é o maior de Mato Grosso e possui capacidade para 850 presos, mas abriga pouco mais que o dobro desse número: 1.970. Quase 40 pessoas foram ouvidas no inquérito aberto pela Polícia Civil. No entanto, o delegado da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Gianmarco Paccola Capoani, responsável pela investigação, havia pedido prorrogação do prazo por mais 30 dias para ouvir os funcionários que estavam de plantão, na data da explosão.
O delegado havia informado anteriormente que já foram identificados os criminosos que agiram do lado de fora da penitenciária estadual. Para identificar os suspeitos que auxiliaram na fuga, bem como recapturar os foragidos, o delegado informou que analisa as imagens do circuito interno da penitenciária
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