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Agronegócios
Quinta - 22 de Abril de 2004 às 13:34
Por: Suzi Bonfim

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A viabilidade econômica do plantio de oleaginosas pelos agricultores familiares em Mato Grosso, como parte do Programa de Biocombustível do Estado, é o tema da palestra que será proferida, nesta quinta-feira (22/04), às 14h, pelo engenheiro agrônomo da Secretaria de Desenvolvimento Rural (Seder), Adriano Ronchi, no 1º Seminário de Agricultura Familiar e Agroecologia e 3º Encontro Regional de Agroecologia, que estão sendo realizados no campus da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), em Tangará da Serra (a 242 km de Cuiabá). Ronchi é o responsável pelo acompanhamento do plantio e do desenvolvimento de quatro culturas - girassol, gergelim, amendoim e nabo forrageiro - em assentamentos do Movimento dos Sem Terra (MST) no município de Campo Verde, a 120 km da capital.

O plantio de oleaginosas em Campo Verde faz parte de uma pesquisa que envolve o governo do Estado, o Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA), o MST, o Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), a Fundação de Apoio à Pesquisa de Mato Grosso (Fapemat) e a Ecomat, industrial de biocombustível do Estado. “Não existem dados no Estado sobre a viabilidade econômica da produção destas oleaginosas na agricultura familiar. Em grandes áreas há estudos em relação ao girassol, desde 92, feitos pelo professor Aluísio Borba, da Faculdade de Agronomia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) na região de Campo Verde e Primavera do Leste. Estamos realizando este estudo técnico para saber até que ponto isso é interessante para o pequeno produtor como mais uma alternativa de renda”, explicou o engenheiro agrônomo.

O plantio experimental de girassol, amendoim, gergelim e nabo forrageiro, foi feito no mês de março, deste ano, em três assentamentos do município de Campo Verde: 14 de Agosto, Paulo Freire e 28 de Outubro. Foram cultivados por 172 famílias que vivem nos assentamentos 0,4 hectare de terra por cultura. “No final do ano, dependendo da constatação da viabilidade econômica da produção, os agricultores poderão adquirir as máquinas para extração do óleo que será comercializado nas industrias que transformam o óleo bruto em biocombustível no Estado”, disse o representante da Seder no projeto.

No final do ano, ainda como parte da pesquisa, em convênio com a Secretaria de Emprego, Trabalho e Cidadania (Setec), os agricultores familiares assentados irão conhecer a máquina para extração de óleo que poderá ser adquirida por eles caso a produção tenha um bom desempenho. O custo da máquina com capacidade para prensar 40 kg/hora é de R$ 7 mil e para a prensagem de 100 kg/hora, R$ 15 mil. As máquinas serão levadas até eles por um industria paulista.

O evento, promovido pelo Governo do Estado, por meio da Unemat, prefeituras, movimentos sociais, sindicatos e órgão federais, tem por finalidade estimular pequenos agricultores sobre a viabilidade econômica, sustentabilidade ecológica e fixá-los no campo por meio de projetos e programas especiais, alguns dos quais estão sendo executados pela Secretaria de Desenvolvimento Rural (Seder).




Fonte: Redação/Secom - MT

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