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Internacional
Quinta - 22 de Abril de 2004 às 11:15

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A rede de televisão CBS difundiu ontem fotos inéditas da princesa Diana feitas depois do acidente que causou sua morte e a de seu namorado Dodi Al Fayed em 31 de agosto de 1997, em Paris. Imagens difusas mostram a princesa gravemente ferida sendo atendida por um médico entre os escombros do carro.

As fotografias, em preto e branco e tiradas pelos "paparazzi" que perseguiam Diana na noite do acidente, fazem parte de um relatório confidencial de 4 mil páginas dos investigadores franceses da tragédia. O restante do programa foi dedicado a examinar as teorias conspiratórias em relação ao acidente.

Críticas da família

A família da Lady Di criticou a divulgação das fotos. O conde Spencer, irmão de Diana, declarou-se "perturbado e indignado", enquanto o pai de Dodi, o milionário Mohamed Al Fayed, acusou o canal de "insensibilidade" por explorar o acidente para ganhar dinheiro. "Foi um crime, o assassinato de duas pessoas inocentes. A CBS não se importa com o devastador efeito da publicação dessas fotos", disse.

Embora as fotos não tenham sido mostradas no Reino Unido, Dicky Arbiter, ex-porta-voz da família real britânica, afirmou que a postura da rede americana pode ser "dolorosa" para os filhos de Diana, os príncipes William e Henry. Um porta-voz da Clarence House, residência oficial em Londres do príncipe Charles, não quis fazer comentários sobre a iniciativa da CBS.

Em uma nota, a CBS defendeu a divulgação dessas fotos, indicando que nenhuma das imagens é "gráfica".

As fotos foram divulgadas uma semana depois de o delegado-chefe da Scotland Yard, John Stevens, confirmar que nas próximas semanas reconstituirá em Paris a viagem que acabou com a vida da princesa para tentar investigar a causa da tragédia. A reconstrução dos fatos faz parte da primeira investigação oficial aberta no Reino Unido sobre a morte de Diana.

O responsável policial antecipara em março que não descarta interrogar alguns membros da família real britânica, como o próprio príncipe Charles. Em 1999, um juiz francês concluiu que o acidente ocorreu porque o motorista dirigia sob efeito de álcool e antidepressivos. Entretanto, Mohamed Al Fayed insiste em que o casal morreu em um atentado dos serviços de segurança britânicos, como parte de uma conspiração dos que se opunham à relação entre o egípcio e a princesa de Gales.




Fonte: Redação Terra/AP

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