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Produtores e Bayer não conseguem falar a mesma língua
O primeiro encontro entre sojicultores e representantes da multinacional Bayer CropScience, fabricante do agroquímico Strateg, ontem, na sede da Famato (Federação da Agricultura do Estado de Mato Grosso) fracassou. Não houve acordo. Agora, os produtores poderão exigir na Justiça indenizações pelas perdas nas lavouras de soja, que de maneira preliminar estão estimadas em cerca de U$S 60 milhões, equivalentes a 300 mil toneladas. No início deste mês sojicultores de várias regiões de Mato Grosso denunciaram à Famato a falta de eficácia dos fungicidas Stratego (Bayer) e Prioriscore (Syngenta) no combate à Ferrugem Asiática.
O Instituto de Economia Agrícola da Famato (Imea) ainda está fechando um levantamento para contabilizar o volume real das perdas, que segundo a superintendente, Rosimeire Cristina dos Santos, "poderá ser maior". Durante a reunião de ontem, a Bayer não permitiu o acesso da imprensa e condicionou a sua presença neste critério. Aos produtores foi divulgado um comunicado sobre a eficiência dos seus produtos e os cuidados no tratamento da doença. Os produtores, por meio da Famato, relataram ontem aos diretores da multinacional os problemas enfrentados nas lavouras de soja, na atual safra, pela ineficiência do defensivo. Os três representantes da Bayer pediram aos produtores mais três dias de prazo para terem um posicionamento sobre o problema, argumentando que teriam de levar a questão à diretoria da empresa, em São Paulo.
Durante a reunião, ao relatar o problema, um produtor chorou ao confirmar que mais de 50% de sua lavoura está perdida porque ele teria utilizado apenas o Stratego. Os sojicultores avaliam a possibilidade de irem conversar com o governador Blairo Maggi e também pedir para que o presidente do Tribunal de Justiça, José Ferreira Leite, tome conhecimento sobre o assunto, "pois pelo que sentimos com essa reunião, deverá `pipocar´ ações de todo lado", prevê o presidente da Comissão de Grãos, Cereais, Fibras e Oleaginosa da Famato, Rui Otoni Prado.
A primeira orientação da assessoria jurídica da Famato é a de aguardar, conforme o proposto pelos representantes da Bayer, a resposta. Caso não haja intenção da multinacional em reparar os prejuízos de alguma maneira, "nossa orientação é de entrem na Justiça", aponta a assessora Elizete Araújo Ramos.
Elizete explica que o momento é de realizar a produção antecipada de provas para então protocolar uma ação cautelar. A junção de provas se dá com a coleta de amostras para a análise do produto e confecção de um laudo. Rosimeire destaca que o Instituto Nacional de Defesa Agropecuária (Indea) fará as análises.
CONSTATAÇÕES - Produtores de cerca de 40 municípios de Mato Grosso explicam que as lavouras que receberam pulverização do Stratego e do Prioriscore registram perdas de produtividade de até 50%. Somente em Diamantino, calcula-se quebra de 30% ou 2,5 milhões de sacas. Eles checaram que em fazendas vizinhas que utilizaram estes dois fungicidas tiveram problemas de produtividade. "Vários produtores até de outros estados alegaram ineficiência dos agroquímicios", aponta Rosimeire.
O Instituto de Economia Agrícola da Famato (Imea) ainda está fechando um levantamento para contabilizar o volume real das perdas, que segundo a superintendente, Rosimeire Cristina dos Santos, "poderá ser maior". Durante a reunião de ontem, a Bayer não permitiu o acesso da imprensa e condicionou a sua presença neste critério. Aos produtores foi divulgado um comunicado sobre a eficiência dos seus produtos e os cuidados no tratamento da doença. Os produtores, por meio da Famato, relataram ontem aos diretores da multinacional os problemas enfrentados nas lavouras de soja, na atual safra, pela ineficiência do defensivo. Os três representantes da Bayer pediram aos produtores mais três dias de prazo para terem um posicionamento sobre o problema, argumentando que teriam de levar a questão à diretoria da empresa, em São Paulo.
Durante a reunião, ao relatar o problema, um produtor chorou ao confirmar que mais de 50% de sua lavoura está perdida porque ele teria utilizado apenas o Stratego. Os sojicultores avaliam a possibilidade de irem conversar com o governador Blairo Maggi e também pedir para que o presidente do Tribunal de Justiça, José Ferreira Leite, tome conhecimento sobre o assunto, "pois pelo que sentimos com essa reunião, deverá `pipocar´ ações de todo lado", prevê o presidente da Comissão de Grãos, Cereais, Fibras e Oleaginosa da Famato, Rui Otoni Prado.
A primeira orientação da assessoria jurídica da Famato é a de aguardar, conforme o proposto pelos representantes da Bayer, a resposta. Caso não haja intenção da multinacional em reparar os prejuízos de alguma maneira, "nossa orientação é de entrem na Justiça", aponta a assessora Elizete Araújo Ramos.
Elizete explica que o momento é de realizar a produção antecipada de provas para então protocolar uma ação cautelar. A junção de provas se dá com a coleta de amostras para a análise do produto e confecção de um laudo. Rosimeire destaca que o Instituto Nacional de Defesa Agropecuária (Indea) fará as análises.
CONSTATAÇÕES - Produtores de cerca de 40 municípios de Mato Grosso explicam que as lavouras que receberam pulverização do Stratego e do Prioriscore registram perdas de produtividade de até 50%. Somente em Diamantino, calcula-se quebra de 30% ou 2,5 milhões de sacas. Eles checaram que em fazendas vizinhas que utilizaram estes dois fungicidas tiveram problemas de produtividade. "Vários produtores até de outros estados alegaram ineficiência dos agroquímicios", aponta Rosimeire.
Fonte:
Agrojornal
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/385338/visualizar/
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