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Brasil cresce menos entre os países emergentes, diz FMI
O mundo terá neste ano um dos maiores crescimentos econômicos desde o boom tecnológico do ano 2000, mas o Brasil está entre os países que menos devem crescer tanto na América do Sul quanto entre as demais nações emergentes, segundo relatório do FMI (Fundo Monetário Internacional) sobre o panorama econômico global (World Economic Outlook).
Para este ano, o FMI projeta um crescimento para o mundo como um todo da ordem de 4,6%, enquanto para o Brasil a expectativa é de 3,5% --acima dos 3,0% previstos em setembro do ano passado.
O FMI apontou a economia norte-americana como o motor que lidera a recuperação, com crescimento estimado em 4,6% este ano, o que seria o maior registrado no país em duas décadas.
A projeção para o Brasil, porém, é inferior aos 5,5% previstos para a Argentina, 4,6% para o Chile, 7,0% para o Uruguai, 3,6% para a Bolívia e 5,1% para o Suriname. Também é inferior aos dos emergentes da região andina, que têm previsão de crescimento de 4% para a Colômbia, de 5,9% para o Equador, de 4,0% para o Peru, e de 8,8% para a Venezuela, país que vive séria crise institucional.
Em termos de América do Sul, portanto, o Brasil só fica à frente do Paraguai, com um PIB previsto para este ano de 2,7%, e da Guiana, de 2,0%.
Dívida limita crescimento
De acordo com as estimativas do FMI, o Brasil também fica atrás de outros países em desenvolvimento como a Índia, com um incremento do PIB previsto em 2004 de 6,8%, e China, de 8,5%.
Contudo, o relatório destaca que após um fraco crescimento do PIB brasileiro em 2003, a recuperação deve se consolidar neste ano. Uma "política fiscal prudente" e passos para melhorar a estrutura da dívida pública também "têm ajudado a aliviar as preocupações sobre a estabilidade da dinâmica da dívida do setor público", aponta-se no estudo.
Mas também é justamente na expressiva dívida que reside o principal ponto fraco da economia brasileira. "A alta dívida pública --cerca de 80% do PIB em termos brutos-- permanece sendo uma vulnerabilidade significativa, particularmente no evento de uma deterioração das condições do mercado financeiro ou de deslizes políticos que minem a confiança do investidor", dizem os analistas do FMI.
Eles reconhecem, entretanto, que fortes políticas macroeconômicas e o progresso em reformas estruturais têm contribuído para melhorar a confiança e sinalizar a recuperação do Brasil, incluindo a retomada do crescimento da produção no quarto trimestre de 2003.
"O país deve registrar um crescimento de 3,5%, em 2004, conforme a demanda doméstica responda a taxas de juros mais baixas, que têm sido cortadas em resposta a um declínio da inflação", informou o FMI no relatório.
Emergentes e riscos
De acordo com o estudo, os países em desenvolvimento como um todo devem crescer 6,0%, em 2004, e os emergentes da Ásia, em particular, 7,4%. Para o Mercosul, a expansão prevista é de 4% (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, juntamente com a Bolívia e Chile).
Já os países da zona do euro estão na lanterninha, com um crescimento previsto de 1,7% em 2004.
Em termos globais, com o comércio mundial florescendo acentuadamente e a economia dos Estados Unidos consolidando seu crescimento, os analistas do Fundo prevêem um crescimento para este ano de 4,6%. Tal estimativa fica acima da publicada no relatório anterior, de 4,1%.
Entretanto, os analistas alertam que, embora o cenário tenha melhorado significativamente, riscos geopolíticos --incluindo o de ataques terroristas-- e os preços do petróleo têm se tornado preocupações crescentes.
Também cita desafios o grande déficit externo dos EUA, as dificuldades fiscais em países industrializados e emergentes, além de advertir para a melhor transição possível para o provável aumento nos juros norte-americanos.
Para este ano, o FMI projeta um crescimento para o mundo como um todo da ordem de 4,6%, enquanto para o Brasil a expectativa é de 3,5% --acima dos 3,0% previstos em setembro do ano passado.
O FMI apontou a economia norte-americana como o motor que lidera a recuperação, com crescimento estimado em 4,6% este ano, o que seria o maior registrado no país em duas décadas.
A projeção para o Brasil, porém, é inferior aos 5,5% previstos para a Argentina, 4,6% para o Chile, 7,0% para o Uruguai, 3,6% para a Bolívia e 5,1% para o Suriname. Também é inferior aos dos emergentes da região andina, que têm previsão de crescimento de 4% para a Colômbia, de 5,9% para o Equador, de 4,0% para o Peru, e de 8,8% para a Venezuela, país que vive séria crise institucional.
Em termos de América do Sul, portanto, o Brasil só fica à frente do Paraguai, com um PIB previsto para este ano de 2,7%, e da Guiana, de 2,0%.
Dívida limita crescimento
De acordo com as estimativas do FMI, o Brasil também fica atrás de outros países em desenvolvimento como a Índia, com um incremento do PIB previsto em 2004 de 6,8%, e China, de 8,5%.
Contudo, o relatório destaca que após um fraco crescimento do PIB brasileiro em 2003, a recuperação deve se consolidar neste ano. Uma "política fiscal prudente" e passos para melhorar a estrutura da dívida pública também "têm ajudado a aliviar as preocupações sobre a estabilidade da dinâmica da dívida do setor público", aponta-se no estudo.
Mas também é justamente na expressiva dívida que reside o principal ponto fraco da economia brasileira. "A alta dívida pública --cerca de 80% do PIB em termos brutos-- permanece sendo uma vulnerabilidade significativa, particularmente no evento de uma deterioração das condições do mercado financeiro ou de deslizes políticos que minem a confiança do investidor", dizem os analistas do FMI.
Eles reconhecem, entretanto, que fortes políticas macroeconômicas e o progresso em reformas estruturais têm contribuído para melhorar a confiança e sinalizar a recuperação do Brasil, incluindo a retomada do crescimento da produção no quarto trimestre de 2003.
"O país deve registrar um crescimento de 3,5%, em 2004, conforme a demanda doméstica responda a taxas de juros mais baixas, que têm sido cortadas em resposta a um declínio da inflação", informou o FMI no relatório.
Emergentes e riscos
De acordo com o estudo, os países em desenvolvimento como um todo devem crescer 6,0%, em 2004, e os emergentes da Ásia, em particular, 7,4%. Para o Mercosul, a expansão prevista é de 4% (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, juntamente com a Bolívia e Chile).
Já os países da zona do euro estão na lanterninha, com um crescimento previsto de 1,7% em 2004.
Em termos globais, com o comércio mundial florescendo acentuadamente e a economia dos Estados Unidos consolidando seu crescimento, os analistas do Fundo prevêem um crescimento para este ano de 4,6%. Tal estimativa fica acima da publicada no relatório anterior, de 4,1%.
Entretanto, os analistas alertam que, embora o cenário tenha melhorado significativamente, riscos geopolíticos --incluindo o de ataques terroristas-- e os preços do petróleo têm se tornado preocupações crescentes.
Também cita desafios o grande déficit externo dos EUA, as dificuldades fiscais em países industrializados e emergentes, além de advertir para a melhor transição possível para o provável aumento nos juros norte-americanos.
Fonte:
Folha Online
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/385350/visualizar/
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