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Internacional
Quarta - 21 de Abril de 2004 às 17:05
Por: Namir Sobhi

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BAGDÁ - Pelo menos 68 pessoas morreram, entre elas cinco crianças, e cerca de 100 estão feridas depois de uma série de explosões na cidade de Basra e suas cercanias contra vários edifícios policiais, informaram fontes oficiais iraquianas.

O novo ministro do Interior iraquiano, Samir Sumeidei, concedeu na manhã desta quarta-feira, uma entrevista coletiva na qual confirmou que há 28 crianças entre os feridos por esses atentados a bomba. O governador de Basra, Wael Abdelatif, calculou em 68 o número de mortos e em 99 o de feridos.

As explosões foram registradas na hora do rush e atingiram dois ônibus, um deles de transporte escolar. As delegacias atacadas são as de Al Basra, Al Achar e Al Sawdia, todas elas dentro da cidade, além da academia de polícia de Zubeir, cerca de 20 quilômetros ao sudoeste de Basra.

Neste caso, outro carro-bomba deixou três mortos, dois deles agentes, e seis feridos, entre eles quatro soldados britânicos, dois dos quais se encontram em estado grave, disseram fontes britânicas em Londres.

"Às 7h20 da manhã, ouvimos três enormes explosões que fizeram o edifício do governo local tremer", disse o delegado Ali Abdalá, chefe da delegacia de Al Basra, contactado pela EFE por telefone. Ele acrescentou que as explosões deixaram mortos "tanto entre os civis quanto entre os policiais".

O porta-voz militar britânico em Basra, Hicham Halawa, declarou que não há nenhum soldado britânico atingido pelas explosões de Basra, mas somente em Zubeir.

Uma testemunha, o estudante Osama Abdelkrim, disse à EFE que a explosão em Al Basra tinha causado a destruição quase total dos edifícios. "Vi restos humanos entre os escombros, que os trabalhadores das ambulâncias recolhiam. Os vidros da janela de várias casas próximas ficaram quebrados".

Os soldados britânicos que se aproximaram do local das explosões para atender as vítimas foram apedrejados pela multidão, e tiveram de deixar o lugar.

O ministro do Interior iraquiano garantiu que os responsáveis pelos atentados de hoje são "as mesmas pessoas que perpetraram os ataques de Erbil, Karbala e outros lugares", em referência a alguns dos maiores atentados terroristas registrados no pós-guerra iraquiano.

De fato, os atentados de hoje são os mais graves registrados em Basra, uma cidade que, como as demais regiões do sul iraquiano, de maioria xiita, está sendo nas últimas semanas palco de vários atos de violência.

"Este massacre, este ataque criminoso, não freará a marcha do povo iraquiano rumo à liberdade, à democracia e à estabilidade. Estamos determinados a continuar perseguindo estes criminosos até apresentá-los à Justiça; não permitiremos que consigam seus objetivos", disse o ministro.

Paralelamente, depois de vários dias de relativa calma, a violência voltou hoje à cidade de Faluja, o conflituoso feudo da resistência sunita, cerca de 50 quilômetros ao oeste de Bagdá.

Os rebeldes e os marines que cercam a cidade protagonizaram intensos combates com bombas, apesar do acordo de cessar-fogo teoricamente em vigor.

Porta-vozes militares americanos confirmaram os combates e afirmaram que ocorreram depois que um grupo de insurgentes atacaram com morteiros uma posição dos marines nos arredores da cidade, sitiada pelas tropas dos EUA há duas semanas.

A rede de televisão Al Jazira, que citou testemunhas e fontes militares, informou que pelo menos nove milicianos iraquianos morreram nos confrontos, enquanto três soldados americanos ficaram feridos. A informação não foi confirmada por fontes americanas.

Segundo a emissora, aviões militares americanos bombardearam o bairro Golã, no nordeste de Faluja, onde houve os incidentes. Quatro rebeldes iraquianos foram mortos por agentes da Força de Defesa Civil iraquiana na noite desta terça-feira na cidade de Kirkuk, quando preparavam um ataque a bomba, informou a polícia.




Fonte: Agência EFE

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