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Polícia Brasil
Quarta - 21 de Abril de 2004 às 15:10

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A comissão de negociação formada confirmou que existem três armas de fogo em poder dos rebelados na Casa de Detenção José Mário Alves, no presídio Urso Branco, em Porto Velho, Rondônia. São uma pistola, revólver calibre 38 e uma outra arma de calibre desconhecido. Os negociadores também informam que a determinação do governador Ivo Cassol (PSDB) é invadir o presídio, caso haja necessidade.

Cinco presos que estão liderando a rebelião deixaram a caixa d¿água, onde estão penduras faixas e de onde os cadáveres foram jogados, para negociar na sala de administração do presídio. Eles querem conversar com o secretário de Segurança, Defesa e Cidadania, Paulo Moraes, e com membros da Comissão de Direitos Humanos.

O preso Amauri Ferreira da Silva não agüentou a fome e o cansaço e resolveu se entregar a Polícia Militar no início da tarde desta quarta-feira. Ele fez várias denúncias contra os amotinados. Ele disse que existe um túnel com aproximadamente 70 metros e que os rebelados estão planejando uma fuga em massa, inclusive utilizando armas. É essa a justificativa para a "enrolação" dos amotinados nas negociações com a comissão.

Governo de Rondônia já colocou ônibus à disposição dos familiares que estão com os presidiários para o deslocamento até suas residências. O preso Marcos Alberto Matias, que conseguiu escapar nesta manhã pulando de uma altura de 7 metros, disse que há o risco de nova matança. Contudo, o negociador já avisou aos presos que a ocorrência de mais uma morte fará com que a PM invada o presídio, segundo o site Rondoniagora.

Ontem, os presos rebelados voltaram a causar cenas de barbárie. Depois de um impasse nas negociações, os presos amotinados mataram mais dois detentos e penduraram os corpos no alto de uma caixa d´água. Também foi pendurado o corpo de um terceiro detento, que havia sido assassinado mais cedo. Por volta das 21h, as negociações foram encerradas.

No dia anterior, os presos decapitaram colegas diante da imprensa e familiares. Eles também foram jogados do alto da caixa d'água. Apenas o Instituto Médico Legal (IML) tem autorização para entrar no prédio para remover os corpos.

Por ordem do governo, o fornecimento de energia elétrica e água está cortado, assim como a entrada de alimentos.




Fonte: JB Online

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