Doze pessoas são presas acusadas de fraudar o INSS

Doze pessoas foram presas pela Polícia Federal até o momento na operação Tornado, que investiga uma fraude realizada contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A polícia realizou uma operação para busca e apreensão de documentos na agência do INSS em Várzea Grande.

De acordo com informações da polícia, cinco servidores foram presos em Cuiabá e no interior do estado. Fátima de Lurdes Ribeiro Silva é suspeita de ser a chefe da quadrilha. Sete procuradores de pensionistas e aposentados também estão presos acusados de envolvimento na fraude. Segundo as investigações, o esquema funcionava com a manutenção do pagamento de benefícios de pessoas que já morreram.

Um levantamento realizado pela Polícia Federal constatou que de 1999 a 2004 houve um prejuízo de R$ 1,2 milhão com o pagamento de 184 benefícios irregulares. De acordo com a polícia, nas investigações chamou a atenção que na agência do INSS em Várzea Grande havia um volume no pagamento de benefícios atrasados sete vezes maior do que em outras agências do estado.

"Eles reativavam pensões já suspensas, benefícios previdenciários já suspensos e designavam procuradores, geralmente com grau de parentesco desses funcionários para o recebimento desses valores indevidos", explica o delegado Joaquim Mesquita, da Polícia Federal. De acordo com Mesquita, o material apreendido durante o cumprimento dos mandados de busca será analisado pelo delegado Renato Saião, que preside a investigação. "Em função dessa análise será possível pedir a transformação da prisão temporária em preventiva", finaliza o delegado.

Com a greve dos agentes Polícia Federal em Mato Grosso, 25 delegados e agentes do Comando de Operações Táticas de Brasília vieram participar da operação. Há cerca de 50 policiais participando da operação no estado.