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Para Funai, garimpeiros de RO sabiam de risco
O presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio), Mércio Pereira Gomes, disse ontem que não condenará os índios cinta-larga pelo assassinato de ao menos 28 garimpeiros num conflito em Rondônia e que os garimpeiros sabiam do risco de morte.
"Sou humanista. Não acredito na morte nem na violência. Mas também não posso ficar condenando os índios por defenderem seu território. Eles [os garimpeiros] sabiam do risco [de morte]."
Na sexta, foram localizados 26 corpos de garimpeiros --segundo informou a Funai em Brasília, são 25-- mortos no conflito com índios cinta-larga ocorrido no último dia 7, na terra indígena Roosevelt, em Espigão D'Oeste. Três corpos já haviam sido achados.
De acordo com Gomes, a Funai defenderá os índios. "Antigamente, com muito mais freqüência, eram os garimpeiros que matavam os índios. Eram madeireiros que matavam índios, como, aliás, continuam. Quem quiser responsabilizá-los pelo crime que o façam. A Funai vai defendê-los", disse, antes de participar de ato pelo Dia do Índio, em Brasília.
"Senti muito [os assassinatos], mas o que temos é um processo histórico de terras indígenas sendo invadidas por garimpeiros."
Gomes disse que espera por uma força-tarefa para pacificar a região dos cinta-larga e que o Ministério de Minas e Energia ache jazidas de diamante fora da área indígena para ocupar os garimpeiros sem risco de novos confrontos. "É difícil proteger toda a área da entrada dos garimpeiros."
A Procuradoria Geral da Funai diz que nem todo índio pode ser considerado incapaz. Assim, estaria sujeito à condenação judicial.
O presidente da UDR (União Democrática Ruralista), Luiz Antonio Nabhan Garcia, disse que as declarações de Gomes são um alvará para os fazendeiros reagirem do mesmo jeito. "Quando índios forem invadir fazendas, a idéia é que possamos agir atirando."
Ontem, a entidade Dhesc Brasil (Plataforma Brasileira de Direitos Humanos Econômicos, Sociais e Culturais) divulgou que entregou um relatório sobre a situação dos cinta-larga a cinco ministérios em dezembro, no qual vislumbrava a possibilidade de haver conflitos.
"Sou humanista. Não acredito na morte nem na violência. Mas também não posso ficar condenando os índios por defenderem seu território. Eles [os garimpeiros] sabiam do risco [de morte]."
Na sexta, foram localizados 26 corpos de garimpeiros --segundo informou a Funai em Brasília, são 25-- mortos no conflito com índios cinta-larga ocorrido no último dia 7, na terra indígena Roosevelt, em Espigão D'Oeste. Três corpos já haviam sido achados.
De acordo com Gomes, a Funai defenderá os índios. "Antigamente, com muito mais freqüência, eram os garimpeiros que matavam os índios. Eram madeireiros que matavam índios, como, aliás, continuam. Quem quiser responsabilizá-los pelo crime que o façam. A Funai vai defendê-los", disse, antes de participar de ato pelo Dia do Índio, em Brasília.
"Senti muito [os assassinatos], mas o que temos é um processo histórico de terras indígenas sendo invadidas por garimpeiros."
Gomes disse que espera por uma força-tarefa para pacificar a região dos cinta-larga e que o Ministério de Minas e Energia ache jazidas de diamante fora da área indígena para ocupar os garimpeiros sem risco de novos confrontos. "É difícil proteger toda a área da entrada dos garimpeiros."
A Procuradoria Geral da Funai diz que nem todo índio pode ser considerado incapaz. Assim, estaria sujeito à condenação judicial.
O presidente da UDR (União Democrática Ruralista), Luiz Antonio Nabhan Garcia, disse que as declarações de Gomes são um alvará para os fazendeiros reagirem do mesmo jeito. "Quando índios forem invadir fazendas, a idéia é que possamos agir atirando."
Ontem, a entidade Dhesc Brasil (Plataforma Brasileira de Direitos Humanos Econômicos, Sociais e Culturais) divulgou que entregou um relatório sobre a situação dos cinta-larga a cinco ministérios em dezembro, no qual vislumbrava a possibilidade de haver conflitos.
Fonte:
Folha de São Paulo/Brasilia
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/385469/visualizar/
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