Produtores criticam incompetência do governo e elevada tributação
O Governo Estadual está com a imagem suja perante o setor produtivo de Mato Grosso. Nesta terça-feira (16) a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado reuniu representantes de sindicatos rurais de diversos municípios, além de outras organizações relacionadas ao agronegócio, para discutir uma lista de insatisfações com a administração estadual.
Entre as reclamações, a carga tributária considerada altíssima e insustentável pelos produtores, o sucateamento do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea) - que está sem condições de trabalho -, a demora na tramitação de processos ambientais e a total falta de transparência na utilização dos recursos provenientes do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab), cujo conselho foi suspenso.
Todos esses pontos seriam gargalos que atrapalham o bom funcionamento e o desenvolvimento do agronegócio, atividade que sustenta a economia mato-grossense e que, segundo a classe, deveria receber mais atenção do Palácio Paiaguás.
Rui Prado, presidente da Famato, ressalta que as demandas são as mesmas há algum tempo, e há unanimidade entre os produtores. Segundo ele, o governo já foi procurado e questionado diversas vezes sobre todas as pautas da reunião.
José Bernardes, presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), ressaltou que o Executivo Estadual não tem dado a devida atenção aos problemas que incomodam a classe. “A gente conversa com o governo, ele diz que faz tudo. Viramos as costas e eles não fazem nada”.
“A incompetência do Governo do Estado é generalizada”, alfinetou o vice-presidente da Famato, Normando Corral. E Prado acrescentou que, agindo desta forma, a administração de Mato Grosso está caminhando na contramão do desenvolvimento do país
Comentários