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Sonda de US$ 700 milhões vai testar distorção espaço-tempo
Washington - A Nasa lança nesta segunda-feira, da Base Vandenberg, na Califórnia, a Sonda de Gravidade B (Gravity Probe B), o primeiro equipamento desenvolvido para testar diretamente a chamada distorção espaço-tempo, prevista pelo físico Albert Einstein.
Trata-se de um sofisticado conjunto de esferas livres dentro de um telescópio de quartzo, formando um sistema capaz de detectar minúsculas oscilações no espectro de energia que possam ocorrer em torno da Terra por conta de sua rotação.
A sonda vai ficar na órbita polar do planeta, com o telescópio precisamente apontado para a estrela IM Pegasi, seu ponto de referência. As quatro esferas (giroscópios) serão suspensas por campos elétricos e vão girar a 10 mil revoluções por minuto.
Os cientistas esperam verificar se a rotação do planeta realmente distorce o tempo-espaço em torno dele, como ocorre com as folhas em torno de um redemoinho de vento. Caso se comprove, o equipamento também medirá esta distorção.
A experiência testará uma das previsões mais importantes da Teoria Geral da Relatividade, de Einstein, que prevê a expansão do universo e a existência de buracos negros. As respostas vão fornecer dados precisos sobre como a matéria distorce o espaço-tempo para produzir a gravidade; vão permitir calibrar o espectro de energia emitida por um buraco negro giratório e, talvez, encontrar evidências de novas forças no universo.
45 anos de preparação
Este é talvez o experimento de preparação mais longa da ciência moderna. A idéia surgiu em 1959, quando três pesquisadores da Universidade de Stanford resolveram buscar evidências mais concretas sobre as teorias de Einstein. A Sonda de Gravidade B levou, portanto, 45 anos para ser projetada e construída, a um custo de US$ 700 milhões.
Os giroscópios que ficarão suspensos dentro do telescópio são as quatro esferas mais perfeitas já fabricadas pelo homem – com irregularidades de apenas 40 camadas de átomos. São feitas de quartzo, um pouco maiores que bolas de golfe.
Ao longo dos anos, mais de cem Ph.Ds trabalharam no projeto, que teve diversos cancelamentos e retomadas e recebeu algumas críticas de outros cientistas que não vêem muita utilidade no experimento. “Se tudo der certo, teremos uma prova da teoria de Einstein cem vezes melhor que qualquer outra”, diz Francis Everitt, físico de Stanford que lidera o projeto, no qual entrou em 1962.
Observações indiretas
Os cientistas que criticam o projeto acham que dificilmente alguma grande novidade virá do experimento. Observações mais precisas de satélites, da Lua, de planetas e outros astros já mostraram que a relatividade geral está correta.
O chamado arrasto do espaço-tempo não foi medido diretamente, mas já foi indiretamente, com margem de erro de 20%. Em setembro, astrônomos fizeram medições usando a sonda Cassini e chegaram ao desvio Einstein previra.
A maioria dos teóricos acredita que a Teoria da Relatividade vai falhar um dia, mas considera-se que isso não será evidenciado com observações como a da sonda lançada nesta segunda-feira, e sim em situações mais surpreendentes. De qualquer forma, a equipe de Stanford acha que, se a sonda confirmar a teoria, será um “um legado significativo para as futuras gerações”.
Trata-se de um sofisticado conjunto de esferas livres dentro de um telescópio de quartzo, formando um sistema capaz de detectar minúsculas oscilações no espectro de energia que possam ocorrer em torno da Terra por conta de sua rotação.
A sonda vai ficar na órbita polar do planeta, com o telescópio precisamente apontado para a estrela IM Pegasi, seu ponto de referência. As quatro esferas (giroscópios) serão suspensas por campos elétricos e vão girar a 10 mil revoluções por minuto.
Os cientistas esperam verificar se a rotação do planeta realmente distorce o tempo-espaço em torno dele, como ocorre com as folhas em torno de um redemoinho de vento. Caso se comprove, o equipamento também medirá esta distorção.
A experiência testará uma das previsões mais importantes da Teoria Geral da Relatividade, de Einstein, que prevê a expansão do universo e a existência de buracos negros. As respostas vão fornecer dados precisos sobre como a matéria distorce o espaço-tempo para produzir a gravidade; vão permitir calibrar o espectro de energia emitida por um buraco negro giratório e, talvez, encontrar evidências de novas forças no universo.
45 anos de preparação
Este é talvez o experimento de preparação mais longa da ciência moderna. A idéia surgiu em 1959, quando três pesquisadores da Universidade de Stanford resolveram buscar evidências mais concretas sobre as teorias de Einstein. A Sonda de Gravidade B levou, portanto, 45 anos para ser projetada e construída, a um custo de US$ 700 milhões.
Os giroscópios que ficarão suspensos dentro do telescópio são as quatro esferas mais perfeitas já fabricadas pelo homem – com irregularidades de apenas 40 camadas de átomos. São feitas de quartzo, um pouco maiores que bolas de golfe.
Ao longo dos anos, mais de cem Ph.Ds trabalharam no projeto, que teve diversos cancelamentos e retomadas e recebeu algumas críticas de outros cientistas que não vêem muita utilidade no experimento. “Se tudo der certo, teremos uma prova da teoria de Einstein cem vezes melhor que qualquer outra”, diz Francis Everitt, físico de Stanford que lidera o projeto, no qual entrou em 1962.
Observações indiretas
Os cientistas que criticam o projeto acham que dificilmente alguma grande novidade virá do experimento. Observações mais precisas de satélites, da Lua, de planetas e outros astros já mostraram que a relatividade geral está correta.
O chamado arrasto do espaço-tempo não foi medido diretamente, mas já foi indiretamente, com margem de erro de 20%. Em setembro, astrônomos fizeram medições usando a sonda Cassini e chegaram ao desvio Einstein previra.
A maioria dos teóricos acredita que a Teoria da Relatividade vai falhar um dia, mas considera-se que isso não será evidenciado com observações como a da sonda lançada nesta segunda-feira, e sim em situações mais surpreendentes. De qualquer forma, a equipe de Stanford acha que, se a sonda confirmar a teoria, será um “um legado significativo para as futuras gerações”.
Fonte:
Estadão.com
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/385610/visualizar/
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