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Corpos de garimpeiros devem ser resgatados hoje
O resgate dos 26 garimpeiros encontrados mortos na reserva indígena Roosevelt, em Espigão D'Oeste, a 534 km de Porto Velho, Rondônia, deverá ser retomado hoje. Clareiras foram abertas na mata para que quatro helicópteros possam aterrissar e remover os corpos. Eles foram mortos por índios da tribo Cinta-Larga há mais de dez dias. A Polícia Federal suspeita que outros 12 garimpeiros estão desaparecidos.
Segundo o sindicato da categoria em Rondônia, ainda há 35 desaparecidos. Os garimpeiros de diamantes, que invadiram a área de preservação, foram amarrados pelos índios antes de serem mortos, a cerca de 2 quilômetros da área onde extraíam as pedras. Três peritos da PF já fizeram um levantamento das condições dos corpos e do local onde ocorreu o crime.
Em 1999, foi descoberta uma jazida de diamante que funcionava ilegalmente na área. A área passou a ser destino de garimpeiros de todas as regiões do Brasil, e as invasões e confrontos se tornaram freqüentes. A reserva indígena tem 2,7 milhões de hectares com uma população indígena estimada 1,5 mil pessoas.
De acordo com o delegado da PF, Mauro Spósito, a mata densa e a chuva atrapalharam o resgate. Trinta agentes estão acampados no local onde foram encontrados os corpos. Pelo avançado estado de decomposição dos mortos, ainda não é possível saber o número exato de homens.
O luto tomou conta de Espigão D´Oeste. Conforme Gilton Muniz, um dos representantes do Sindicato dos Garimpeiros, cerca de 100 pessoas estão aqui aguardando os corpos. "Alguns familiares estão em casas de amigos, em alojamentos cedidos pela prefeitura e no próprio sindicato", disse.
A expectativa dos parentes dos garimpeiros era de que a Polícia Federal resgatasse ontem os mortos encontrados na sexta-feira por uma equipe da Fundação Nacional de Índio (Funai), a partir de informações dadas pelos próprios índios. A operação de busca, no entanto, foi adiada.
Ontem, os cerca de 50 índios que moravam na cidade abandonaram as próprias casas com medo da ameaça dos garimpeiros. "É natural que algumas pessoas pensassem em alguma reação diante de tantas mortes", admite o líder Gilton Muniz. "Mas estamos falando pro pessoal que não adianta querer fazer o mesmo que os índios fizeram. Temos que acreditar na justiça", declarou.
Neste final de semana, o governador de Rondônia, Ivo Cassol, criticou o presidente da Funai, Mércio Pereira Gomes, que na semana passada disse que os índios estavam defendendo suas terras ao praticar os assassinatos. Cassol se disse indignado. Segundo o governador, se este raciocínio for aceito, fazendeiros poderão, matar os sem-terra que invadirem suas propriedades a partir de agora.
Segundo o sindicato da categoria em Rondônia, ainda há 35 desaparecidos. Os garimpeiros de diamantes, que invadiram a área de preservação, foram amarrados pelos índios antes de serem mortos, a cerca de 2 quilômetros da área onde extraíam as pedras. Três peritos da PF já fizeram um levantamento das condições dos corpos e do local onde ocorreu o crime.
Em 1999, foi descoberta uma jazida de diamante que funcionava ilegalmente na área. A área passou a ser destino de garimpeiros de todas as regiões do Brasil, e as invasões e confrontos se tornaram freqüentes. A reserva indígena tem 2,7 milhões de hectares com uma população indígena estimada 1,5 mil pessoas.
De acordo com o delegado da PF, Mauro Spósito, a mata densa e a chuva atrapalharam o resgate. Trinta agentes estão acampados no local onde foram encontrados os corpos. Pelo avançado estado de decomposição dos mortos, ainda não é possível saber o número exato de homens.
O luto tomou conta de Espigão D´Oeste. Conforme Gilton Muniz, um dos representantes do Sindicato dos Garimpeiros, cerca de 100 pessoas estão aqui aguardando os corpos. "Alguns familiares estão em casas de amigos, em alojamentos cedidos pela prefeitura e no próprio sindicato", disse.
A expectativa dos parentes dos garimpeiros era de que a Polícia Federal resgatasse ontem os mortos encontrados na sexta-feira por uma equipe da Fundação Nacional de Índio (Funai), a partir de informações dadas pelos próprios índios. A operação de busca, no entanto, foi adiada.
Ontem, os cerca de 50 índios que moravam na cidade abandonaram as próprias casas com medo da ameaça dos garimpeiros. "É natural que algumas pessoas pensassem em alguma reação diante de tantas mortes", admite o líder Gilton Muniz. "Mas estamos falando pro pessoal que não adianta querer fazer o mesmo que os índios fizeram. Temos que acreditar na justiça", declarou.
Neste final de semana, o governador de Rondônia, Ivo Cassol, criticou o presidente da Funai, Mércio Pereira Gomes, que na semana passada disse que os índios estavam defendendo suas terras ao praticar os assassinatos. Cassol se disse indignado. Segundo o governador, se este raciocínio for aceito, fazendeiros poderão, matar os sem-terra que invadirem suas propriedades a partir de agora.
Fonte:
Redação Terra
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/385625/visualizar/
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