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Polícia Brasil
Domingo - 18 de Abril de 2004 às 18:21
Por: Sandra Carvalho

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O tenente da Polícia Militar Fernando Schulz Galvão da Silva, 27 anos, uma das três testemunhas de acusação no caso denominado "máfia do combustível", voltou a sofrer ameaças. Desta vez, uma mensagem no seu aparelho celular com o seguinte texto: “Prepara-se, o inferno na sua vida vai começar. Estou ligando para o (coronel) Sales agora!

Schulz registrou a ameaça às 16 horas de anteontem na Central de Flagrantes. Ele disse não tem dúvidas de que a mensagem tem a ver com o seu testemunho dando conta do envolvimento de oficiais da Polícia Militar na máfia dos combustíveis.

Esta é segunda ameaça sofrida por Schulz nos últimos 45 dias.

Na madrugada de 3 de março, a frente da casa do tenente, no bairro Cidade Verde, foi atingida por quatro tiros de pistola 0.40. Na manhã do dia anterior, o militar havia sido ameaçado por telefone.

Em fevereiro deste ano, Shulz depôs no processo que apura denúncia de desvio de combustível que deveria ser levado para a Bolívia.

Além de Schulz, aparecem como testemunhas os tenentes Marins e Figueiredo

Três tenentes-coronéis e um capitão da Polícia Militar de Mato Grosso foram denunciados no esquema e já se encontram presos: os tenentes-coronéis José Robson Figueiredo, César Ribeiro de Assis e Gilmar Campos Silva, e o capitão Wendel Soares Sodré.

Pelos cálculos até agora levantados, o esquema teria o envolvimento de aproximadamente 40 pessoas e já teria proporcionado um lucro de cerca de R$ 20 milhões aos criminosos.

Investigados

Os militares passaram a ser investigados por meio de um Inquérito Policial Militar (IPM) a partir da Operação Tentáculo, realizada pela Polícia Federal em Mato Grosso em novembro de 2001.

Eles foram denunciados nos crimes de coação no curso do processo, ameaça, inutilização de documentos e corrupção passiva.




Fonte: Folha do Estado

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