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Funai rebate críticas da Pastoral da Terra
Em encontro com representantes de índios da reserva Raposa Serra do Sol, hoje de manhã, na Esplanada dos Ministérios, o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Mércio Pereira Gomes, rebateu as críticas feitas ontem pelo presidente da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Dom Tomás Balduíno.
"Para muitos, parece que o Governo Lula tem vacilado. A minha opinião não é esta. Discordo dos inimigos e dos amigos dos índios que procuram os jornais para dizer isso", afirmou Gomes.
Ele disse que o presidente Lula "tem procurado agir de um modo cauteloso, como uma pessoa que está dando os primeiros passos para entrar em uma caminhada segura e sair na carreira, no embalo. Tudo que parece vacilação, para mim, é cautela".
Na tarde de ontem, em visita ao acampamento montado por 75 índios de 18 aldeias, em frente ao Congresso Nacional, Dom Tomás disse que o governo precisa demonstrar mais disposição para resolver as questões indígenas. "O governo federal está negociando o direito às terras indígenas sem conversar com os verdadeiros interessados", afirmou o presidente da CPT.
Reunião
Para o presidente da Funai, os índios estão sendo bem representados pelo próprio órgão, que leva as reivindicações dos povos para o Congresso Nacional e para o Palácio do Planalto. De acordo com Mércio Pereira Gomes, houve uma reunião há uma semana para discutir a assinatura do decreto que homologa a demarcação do 1,6 milhão de hectares da reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima.
Além do presidente Lula, nove ministros participaram do encontro, no qual foram debatidas questões que colocam muitos políticos e empresários contra as reservas indígenas. Entre elas, a necessidade de povoar as fronteiras e derrubar as ações judiciais contrárias à demarcação.
Na mesma reunião no Planalto, foram discutidas formas de assentar agricultores que moravam na reserva antes da demarcação ou até mesmo que invadiram a área nos últimos meses. A maior parte desses agricultores planta arroz. A rizicultura hoje corresponde a 10% do Produto Interno Bruto do estado e está distribuída em 16 mil hectares de terras.
"Um pacote de medidas para resolver todas essas questões será apresentado ao presidente no dia 27 de abril, mas Lula já disse que sua simpatia é pela homologação em terra contínua", contou Gomes.
Ele ressaltou a necessidade de não se fraquejar na luta pela demarcação. "Precisamos argumentar bastante. Mostrar que os índios são a vivificação das fronteiras. O ministério da Defesa pode ter pelotões do exército lá. Os arrozeiros, por sua vez, podem plantar em outros locais", disse.
"Para muitos, parece que o Governo Lula tem vacilado. A minha opinião não é esta. Discordo dos inimigos e dos amigos dos índios que procuram os jornais para dizer isso", afirmou Gomes.
Ele disse que o presidente Lula "tem procurado agir de um modo cauteloso, como uma pessoa que está dando os primeiros passos para entrar em uma caminhada segura e sair na carreira, no embalo. Tudo que parece vacilação, para mim, é cautela".
Na tarde de ontem, em visita ao acampamento montado por 75 índios de 18 aldeias, em frente ao Congresso Nacional, Dom Tomás disse que o governo precisa demonstrar mais disposição para resolver as questões indígenas. "O governo federal está negociando o direito às terras indígenas sem conversar com os verdadeiros interessados", afirmou o presidente da CPT.
Reunião
Para o presidente da Funai, os índios estão sendo bem representados pelo próprio órgão, que leva as reivindicações dos povos para o Congresso Nacional e para o Palácio do Planalto. De acordo com Mércio Pereira Gomes, houve uma reunião há uma semana para discutir a assinatura do decreto que homologa a demarcação do 1,6 milhão de hectares da reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima.
Além do presidente Lula, nove ministros participaram do encontro, no qual foram debatidas questões que colocam muitos políticos e empresários contra as reservas indígenas. Entre elas, a necessidade de povoar as fronteiras e derrubar as ações judiciais contrárias à demarcação.
Na mesma reunião no Planalto, foram discutidas formas de assentar agricultores que moravam na reserva antes da demarcação ou até mesmo que invadiram a área nos últimos meses. A maior parte desses agricultores planta arroz. A rizicultura hoje corresponde a 10% do Produto Interno Bruto do estado e está distribuída em 16 mil hectares de terras.
"Um pacote de medidas para resolver todas essas questões será apresentado ao presidente no dia 27 de abril, mas Lula já disse que sua simpatia é pela homologação em terra contínua", contou Gomes.
Ele ressaltou a necessidade de não se fraquejar na luta pela demarcação. "Precisamos argumentar bastante. Mostrar que os índios são a vivificação das fronteiras. O ministério da Defesa pode ter pelotões do exército lá. Os arrozeiros, por sua vez, podem plantar em outros locais", disse.
Fonte:
Redação/Terra
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/385720/visualizar/
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