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Internacional
Sábado - 17 de Abril de 2004 às 20:19

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A justiça argentina detectou que 1.148 polícias provinciais cobraram nos últimos sete anos subsídios nacionais destinados a pessoas desempregadas, segundo informou hoje, sábado, a imprensa local. As irregularidades descobertas pela Unidade Fiscal de Investigações da Previdência Social (Ufises) serão denunciadas na próxima segunda-feira aos juízes federais de cada província.

A denúncia será feita pelo procurador federal Guillermo Marijuán, que ordenou a suspensão imediata de todos os subsídios irregulares que o Estado ainda paga. Os policiais que cobraram indevidamente serão indiciados por fraude na administração pública já que, segundo informações da Ufises, o prejuízo para o Estado por este crime chega a 175 mil pesos (US$ 60,3 mil).

Cerca de 95% dos beneficiários são suboficiais e os cinco por cento restantes policiais de baixo escalão ou agentes aposentados. Os dados provenientes de 21 províncias surgiram de uma investigação que, em novembro do ano passado, começou a ser feita pela Ufises, um organismo criado para investigar atos ilícitos vinculados com os planos sociais para pessoas sem trabalho.

A Argentina possui no total 23 províncias, mas a investigação só pôde ficar em 21 delas, porque as forças policiais de Misiones e Entre Ríos se negaram a dar informações. Como conseqüência, o procurador Marijuán pediu aos juízes federais dessas duas províncias que verifiquem as dependências policiais.

As irregularidades foram detectadas em todas as províncias, sendo que Santa Fé e Santiago del Estero, atualmente sob intervenção do governo federal, lideram o ranking de polícias que cobravam este subsídio. "O desafio dos juízes será agora determinar como cada um dos agentes fez para ter acesso ao plano e ver se não há por trás de tudo isso uma atividade organizada", explicou Marijuán ao jornal "La Nación".

O organismo também divulgará em 15 dias os resultados de uma investigação similar em todos os municípios da província de Buenos Aires.




Fonte: EFE

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