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Violência no trânsito aumenta na Grande Cuiabá com o fim dos radares
Os números não mentem. Até hoje a retirada dos radares com as lombadas eletrônicas ainda causa polêmica. A realidade, é que até o ano de 1999, em pleno funcionamentos dos famosos "pardais", como foram batizadas as câmeras espalhadas pelos pontos estratégicos de Cuiabá, os acidentes de trânsito caíram para apenas 65 vítimas fatais em acidentes de trânsito. Nos anos anteriores, a Delegacia de Delitos de Trânsito chegou a registrar até 260 mortes na Grande Cuiabá e na Baixada Cuiabana.
Com a briga pela retiradas dos "pardais", com uma avalanche de liminares da Justiça e do coloca e tira as câmeras, a partir do ano 2000, os números subiram para 117 mortes em acidentes de trânsito, mais de 80% de aumento nas estatísticas da violência.
No ano seguinte, em 2001, os índices superaram os 100%, quando a Delegacia de Delitos de Trânsito registrou 136 mortes em acidentes automobilísticos. Ou seja, 71 a mais de mortes em relação aos 65 óbitos registrados em 1999. Em 2002, os números da violência aumentaram ainda mais, chegando a 166 óbitos. Um problema no sistema de computação, prejudicou as estatísticas de 2003.
O delegado Geraldo Batista, titular da Delitos de Trânsito não esconde que têm dúvidas com relação aos radares, mas admite que as câmeras ajudaram em muito a baixar a violência no trânsito nos determinados períodos em que conseguiram ficar ligadas.
Até hoje, passados mais de dois anos do impedimento do funcionamento das câmeras, em alguns locais onde elas foram apenas desligadas, mas não retiradas, motoristas ainda param ou diminuem a velocidade, temerosos das multas. "O brasileiro só grita quando alguém mete a mão no bolso dele" - lembra o delegado Geraldo Batista, se referindo as multas dos radares.
O instrumento - que chegou a ser tachado como máquina de "caça-níquel" do Governo - já começa a ser defendido por motoristas que antes eram contrários. A volta do equipamento já é visto como necessário para inibir a violência. "Sou da seguinte opinião. Quem não deve não teme. Muitas pessoas reclamaram porque estavam lotadas de multas para pagar. Ora, se foram multadas, é porque cometeram algum tipo de infração. Lógico que o sistema não é perfeito. Tem que ser aperfeiçoa como tudo na vida, mas com certeza os radares trouxeram a violência no trânsito para números muitos baixos e ajudaram a salvar vidas" - desabafa um taxista que faz ponto em frente a um supermercado da Avenida Miguel Sutil.
O delegado Geral Batista, lembra ainda, que a simples colocação de cones, usados pela Polícia Militar em determinados locais com grande índice de violência no trânsito, já ajuda a brecar alguns motoristas mais afoitos. Aqueles que gostam de andar em alta velocidade. Ou seja, os mesmos que vibraram quando as câmeras foram retiradas.
"É verdade. Tenho percebido, que quando a PM coloca os cones e dois homens por perto, como acontece geralmente na Avenida Archimedes Pereira Lima. Ali naquele contorno que dá acesso ao Jardim Imperial, não acontece nenhum acidente. Quando os cones não estão lá, os acidentes viram rotina" - afirma o delegado Geraldo Batista.
Outro exemplo típico do aumento da violência no trânsito com a retirada dos "pardais", inclusive com várias mortes, é lembrado por moradores do bairro Alvorada e região. Antes da retirada das câmeras da Avenida República do Líbano - antes e depois das duas pistas - os acidentes mataram várias pessoas devido a alta velocidade dos veículos, que vão e voltam em direção a Rodovia Emanoel Pinheiro.
"Antes das câmeras morreu muita gente por aqui. Quando elas foram colocadas, tando os acidentes, como as mortes praticamente acabaram. Retiraram as câmeras e a violência voltou com muitas mortes. Agora colocaram uma lombada, que apesar de estar no lugar errado, mesmo assim tem ajudado muito a evitar acidentes, inclusive com mortes, como aconteceu no ano passado, quando um garoto de 11 anos foi esmagado por um veículo em alta velocidade - mais de 150 por hora - ao tentar pegar uma bola que foi para o meio da pista" - lembra o vendedor João Balbino, que mora no Jardim Vitória, na mesma região.
Além da falta de um controle mais direto, que pode ser feito com câmeras espalhadas pelos locais de maior incidência de acidentes de trânsito, o delegado Geraldo Batista lembra ainda, que as outras causas que levam à violência, são o uso de bebidas alcóolicas, a imprudência, a falta de educação, a falta de consciência e a falta de manutenção em veículos, tanto novos quanto usados.
Além do que, segundo ainda o delegado titular da Delitos de Trânsito, apesar das alegações de que nenhum motorista quer matar quando está dirigindo qualquer tipo de veículo, uma legislação mais dura também ajudaria a diminuir a violência. Prisão em caso de comprovação de que o motorista estava bêbado, e por consequência cometeu um homicídio doloso, ou o pagamento de uma fiança muito alta, igual ou superior aqueles pagas em países mais desenvolvidos.
"Acredito muito na educação no trânsito. Acho até que essa educação deveria ser matéria obrigatória para alunos em formação nas escolas, desde pequenos. Mas também falta muita consciência, principalmente porque não é de hoje que governo e a sociedade gritam no mesmo tom sobre o velho refrão: volante e álcool não combinam" - conclui o delegado Geraldo Batista.
Com a briga pela retiradas dos "pardais", com uma avalanche de liminares da Justiça e do coloca e tira as câmeras, a partir do ano 2000, os números subiram para 117 mortes em acidentes de trânsito, mais de 80% de aumento nas estatísticas da violência.
No ano seguinte, em 2001, os índices superaram os 100%, quando a Delegacia de Delitos de Trânsito registrou 136 mortes em acidentes automobilísticos. Ou seja, 71 a mais de mortes em relação aos 65 óbitos registrados em 1999. Em 2002, os números da violência aumentaram ainda mais, chegando a 166 óbitos. Um problema no sistema de computação, prejudicou as estatísticas de 2003.
O delegado Geraldo Batista, titular da Delitos de Trânsito não esconde que têm dúvidas com relação aos radares, mas admite que as câmeras ajudaram em muito a baixar a violência no trânsito nos determinados períodos em que conseguiram ficar ligadas.
Até hoje, passados mais de dois anos do impedimento do funcionamento das câmeras, em alguns locais onde elas foram apenas desligadas, mas não retiradas, motoristas ainda param ou diminuem a velocidade, temerosos das multas. "O brasileiro só grita quando alguém mete a mão no bolso dele" - lembra o delegado Geraldo Batista, se referindo as multas dos radares.
O instrumento - que chegou a ser tachado como máquina de "caça-níquel" do Governo - já começa a ser defendido por motoristas que antes eram contrários. A volta do equipamento já é visto como necessário para inibir a violência. "Sou da seguinte opinião. Quem não deve não teme. Muitas pessoas reclamaram porque estavam lotadas de multas para pagar. Ora, se foram multadas, é porque cometeram algum tipo de infração. Lógico que o sistema não é perfeito. Tem que ser aperfeiçoa como tudo na vida, mas com certeza os radares trouxeram a violência no trânsito para números muitos baixos e ajudaram a salvar vidas" - desabafa um taxista que faz ponto em frente a um supermercado da Avenida Miguel Sutil.
O delegado Geral Batista, lembra ainda, que a simples colocação de cones, usados pela Polícia Militar em determinados locais com grande índice de violência no trânsito, já ajuda a brecar alguns motoristas mais afoitos. Aqueles que gostam de andar em alta velocidade. Ou seja, os mesmos que vibraram quando as câmeras foram retiradas.
"É verdade. Tenho percebido, que quando a PM coloca os cones e dois homens por perto, como acontece geralmente na Avenida Archimedes Pereira Lima. Ali naquele contorno que dá acesso ao Jardim Imperial, não acontece nenhum acidente. Quando os cones não estão lá, os acidentes viram rotina" - afirma o delegado Geraldo Batista.
Outro exemplo típico do aumento da violência no trânsito com a retirada dos "pardais", inclusive com várias mortes, é lembrado por moradores do bairro Alvorada e região. Antes da retirada das câmeras da Avenida República do Líbano - antes e depois das duas pistas - os acidentes mataram várias pessoas devido a alta velocidade dos veículos, que vão e voltam em direção a Rodovia Emanoel Pinheiro.
"Antes das câmeras morreu muita gente por aqui. Quando elas foram colocadas, tando os acidentes, como as mortes praticamente acabaram. Retiraram as câmeras e a violência voltou com muitas mortes. Agora colocaram uma lombada, que apesar de estar no lugar errado, mesmo assim tem ajudado muito a evitar acidentes, inclusive com mortes, como aconteceu no ano passado, quando um garoto de 11 anos foi esmagado por um veículo em alta velocidade - mais de 150 por hora - ao tentar pegar uma bola que foi para o meio da pista" - lembra o vendedor João Balbino, que mora no Jardim Vitória, na mesma região.
Além da falta de um controle mais direto, que pode ser feito com câmeras espalhadas pelos locais de maior incidência de acidentes de trânsito, o delegado Geraldo Batista lembra ainda, que as outras causas que levam à violência, são o uso de bebidas alcóolicas, a imprudência, a falta de educação, a falta de consciência e a falta de manutenção em veículos, tanto novos quanto usados.
Além do que, segundo ainda o delegado titular da Delitos de Trânsito, apesar das alegações de que nenhum motorista quer matar quando está dirigindo qualquer tipo de veículo, uma legislação mais dura também ajudaria a diminuir a violência. Prisão em caso de comprovação de que o motorista estava bêbado, e por consequência cometeu um homicídio doloso, ou o pagamento de uma fiança muito alta, igual ou superior aqueles pagas em países mais desenvolvidos.
"Acredito muito na educação no trânsito. Acho até que essa educação deveria ser matéria obrigatória para alunos em formação nas escolas, desde pequenos. Mas também falta muita consciência, principalmente porque não é de hoje que governo e a sociedade gritam no mesmo tom sobre o velho refrão: volante e álcool não combinam" - conclui o delegado Geraldo Batista.
Fonte:
24 Horas News
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/385752/visualizar/
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