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Cidades/Geral
Sábado - 17 de Abril de 2004 às 12:44
Por: Edivaldo de Sá

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Preocupados com atitudes que podem dar inicio a uma onda de violência na Escola Estadual 1º de Maio, diretor, funcionários, professores e membros do CDCE de Nova Marilândia, promoveram nesta sexta-feira à noite, nas dependências da escola, uma reunião, que contou com a participação de mais de 250 pessoas, entre pais e alunos, que lotaram o pátio do colégio, para ouvir sobre segurança, direitos e deveres, disciplina e respeito familiar.

De acordo com relatos de professores e de membros do CDCE, alguns alunos estariam tirando o sossego das aulas, impondo medo e terror, ameaçando professores e colegas de classe, usando inclusive as chamadas armas brancas, como faca e canivete. Alguns formam turmas, o que poderia ser chamado de guangues, e determinam que professores não entrem na sala ou que interrompam as aulas.

“O problema é grave e se cruzarmos os braços, as coisas vão piorar, precisamos reagir e dar um basta nisso, para impedir que os abusos continuem acontecendo estamos solicitando a colaboração das autoridades” frisou Antônio Neto, Presidente do Conselho Deliberativo da Escola.

O Juiz Substituto da Vara da Criança e do Adolescente, Geraldo F. Fidelis, se reuniu com professores, diretor da escola e membros do conselho deliberativo, para conhecer os problemas existentes. Os professores demonstraram estar preocupados e temem que a situação se agrave. Após ouvir atentamente cada relato, Geraldo F. Fidelis definiu estratégias de ação que terão a participação de toda a comunidade, contando inclusive com a ajuda de psicóloga e assistente social do município.

Fernandes Fidelis demonstrou-se preocupado com os relatos, mas ressaltou que estará vigilante e fará cumprir a lei, para que a paz seja mantida e as aulas possam transcorrer em paz. Para ele a família tem papel importante na educação dos filhos. “No berço da família é que tem inicio a vida social” destacou o magistrado. Que emendou “Adolescentes infratores, cuja decisão transitou em julgado determinando a aplicação da medida de internação, não ficarão mais internados na comarca, eis que ela não possui a infra-estrutura necessária para atender as necessidades especiais determinadas pelo ECA. Assim, esses jovens serão encaminhados para a chamada Fazendinha/Complexo Pomeri, para que possam passar por um processo de ressocialização, de acordo com suas condições de pessoa em desenvolvimento” finalizou.

Depois de ter mantido uma reunião a portas fechadas com professores, Geraldo Fidélis proferiu uma palestra a alunos, pais e professores no pátio da escola, abordando diversos assuntos, inclusive os relatados momentos antes e aproveitou para responder as mais diversas dúvidas de professores, pais e alunos. Ele falou sobre os direitos e deveres de crianças e adolescentes, trechos do ECA – Estatuto da Criança e do Adolescentes e deixou claro que a transgressão não será tolerada e que o infrator responderá por seus atos. Ao final o magistrado disse acreditar que não será necessário tomar medidas drásticas e que espera depois do encontro uma mudança no comportamento dos alunos.

Participaram da reunião, representantes das igrejas evangélica e católica, o Presidente da Câmara, Reinaldo Alexandre da Silva, Presidente do Conselho Tutelar Pedro Batista e os conselheiros Ovídio Paes da Costa e Cleuza, a Psicóloga Beatriz S. Merijoli, Assistente Social Maria Luzanira, entre outros.




Fonte: Redação Reporter News

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