Ager deverá definir reajuste tarifário do transporte rodoviário na próxima semana

A Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos de Mato Grosso (Ager) realizou na terça-feira (14) Audiência Pública para tratar da revisão tarifária do transporte intermunicipal de passageiros, que desde 2003, o Sindicato do Transporte Rodoviário Intermunicipal de Passageiros do Estado de Mato Grosso (Setromat) reivindica.

Durante a Audiência Pública, a Agência Reguladora ouviu sugestões dos empresários do setor. A maior divergência de ambos é sobre o aproveitamento da ocupação de passageiros e da quilometragem.

Para Ager, o percurso médio de um ônibus é de 114 mil quilômetros. O Setromat defende 100 quilômetros. O índice de ocupação de passageiros, segundo a Agência é de 65% e para a categoria é de 51%. A justificativa do Setromat, sobre o índice, está na evasão de passageiros provocados pelo transporte clandestino de passageiros.

De acordo com diretor regulador da Ager, Gabriel Matos, as sugestões feitas durante a Audiência Pública serão discutidas na próxima semana pela diretoria colegiada para ser levada em sessão regulatória.

Matos considera a revisão tarifária justa, “uma vez que os empresários se comprometem em melhorar o serviço oferecido para a população mato-grossense”, contudo, enfatiza o diretor, “dificilmente o reajuste será o reivindicado pelas empresas de 46,49%. De acordo com estudos realizados pela Superintendência de Estudos Econômicos é possível conceder em média 12,78% sobre a tarifa atual, o que significaria em percentuais 23,98%, somando com o reajuste do ano passado.

A diretoria reconhece que as despesas com manutenção da frota dos veículos tiveram aumento significativo e, que as empresas mantiveram o preço das passagens, mas alegam que dificilmente o reajuste será o reivindicado pelo Sindicato.

Para aliviar o orçamento das empresas rodoviárias, a Ager, por meio da Procuradoria Jurídica e a Superintendência de Assuntos Econômicos, concedeu em caráter emergencial, no fim do ano passado, reajuste de 9,93% para as empresas. Valor esse, baseado no Índice Geral de Preços, Disponibilidade Interna - IGP-DI, calculado pela Fundação Getúlio Vargas. O indexador foi o menor registrado entre dezembro de 2002 a novembro de 2003.