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Educação/Vestibular
Quinta - 15 de Abril de 2004 às 12:43
Por: Caio Maia

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou como "erro histórico" o sistema de ciclos no ensino fundamental (1ª a 8ª série), nesta quinta-feira (15), durante a abertura da 18ª Bienal internacional do Livro de São Paulo.

Desta vez, a crítica aconteceu na presença do governador Geraldo Alckmin (PSDB) --São Paulo e Minas Gerais são os únicos Estados que têm mais da metade dos alunos em escolas que adotam exclusivamente o método. Em 22 unidades da federação, esse percentual não chega a 10%. Lula já tinha atacado os ciclos no começo do mês, em Araras (SP), ao inaugurar uma fábrica.

O sistema substitui as séries tradicionais. O aluno só pode ser reprovado ao final de duas, três ou quatro séries. Parte dos especialistas consideram um avanço por garantir a permanência e o aprendizado; outra vê como tentativa de mascarar a repetência.

"Temos de reparar um erro histórico da educação no nosso país nos últimos anos. Se não é exigido nenhum teste, podemos estar formando analfabetos dentro da sala de aula", discursou Lula.

A gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) incentivou a adoção do sistema. A LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), aprovada em 1996, facultou aos Estados a implantação do sistema.

Lula voltou a afirmar que pediu ao ministro da Educação, Tarso Genro, que crie um método de avaliação no sistema fundamental. O presidente já demonstrou vontade de instituir provas anuais (ou semestrais), que seriam feitas por todos os 35,3 milhões de alunos do ensino fundamental.

Presentes

Durante a visita aos estandes da Bienal, Lula foi presenteado com livros do escritor Ziraldo, do geógrafo Milton Santos e do ex-deputado Dante de Oliveira (autor da emenda que instituía eleições diretas para a Presidência da República, durante o período de regime militar).

Mais discursos

O governador Geraldo Alckmin e a prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, fizeram discursos parecidos, enfatizando a importância da leitura e lembrando que os brasileiros ainda não se interessam pelo assunto.

Alckmin disse que, até o fim do ano, irá construir bibliotecas nos municípios que ainda não as tenham.




Fonte: Folha Online

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