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Polícia Brasil
Quinta - 15 de Abril de 2004 às 12:27

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O delegado especial enviado a Alta Floresta para presidir o inquérito sobre a morte da advogada Irene Bricatte Paz, assassinada na terça-feira quando saía de seu escritório no centro da cidade, ouviu ontem a principal testemunha do caso, o marido dela, Suetonio Paz (também advogado). Apesar de debilitado e ainda em estado de choque, pois também foi atingido com o tiro no braço, Suetônio conversou com o delegado Carlos Cunha e detalhou como o crime aconteceu.

O delegado afirmou que esse é um caso difícil e que exige muitas informações para direcionar os rumos da investigações, baseado em antecedentes das vítimas que pudessem motivar o crime. De imediato o delegado descartou a possibilidade de tentativa de roubo. A linha de conduta da advogada, respeitada no meio de trabalho por seu posicionamento firme e o êxito obtido em alguns processos, poderia ter criado desagrados, conforme avaliação do delegado.

Partindo das evidências encontradas pelos agentes e do depoimentos de testemunhas, o delegado vai atuar na confecção de retratos-falados e tentar chegar aos autores do assassinato. “Tudo isso tem que ser calcado em provas e vestígios”, resumiu o delegado.

A chamada "lei do silêncio" preocupa Cunha. Ele espera que a comunidade confie no trabalho da polícia e auxilie, passando as informações que possam levar à elucidação do crime. “As pessoas que têm a informação não devem retê-la, afinal de contas o que aconteceu com a doutora Irene pode acontecer com qualquer um de nós”, relatou.

A advogada foi morta com 8 tiros, sendo que dois acertaram a cabeça. A arma utilizada pode ter sido uma pistola calibre 365, conforme disseram os médicos que fizeram a autõpicia no corpo de Irene e retiraram os prejéteis.

Seutônio que estava dentro do escritório quando escutou os tiros e saiu correndo. Ele viu quando o pistoleiro dava dois tiros na cabeça de Irene já no chão. O advogado correu atrás do pistoleiro e foi alvejado por um segundo homem que saiu de tra´s de uma banca de revista.

A dupla, que vestia camisetas e calças jenas e estavam com os rostos descobertos, fugiu em uma moto Honda XLR-250.

O corpo da advogada foi enterrado ontem no final da tarde.




Fonte: Diário da Noticia

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