Candidatos devem mostrar propostas no lugar de "ataque pessoal", afirma Wilson Santos
O ex-prefeito Wilson Santos (PSDB) afirma que Mauro Mendes (PSB) e Lúdio Cabral (PT) perdem a chance de apresentar propostas para o eleitor e mostrar de onde viria recursos para soluções da cidade, ao invés de fazerem críticas mútuas. Wilson informa que de oito eleições a partir do regime democrático, apenas em duas (1988 e 2012) o grupo do PSDB perdeu.
Wilson diz que Mauro faz campanha com "ataques pessoais". Quanto a Lúdio, afirma que não tem como apoiá-lo, por "divergências de estatuto e antagonismo histórico do PSDB e PT". Wilson concedeu entrevista coletiva a jornalistas nesta terça-feira para explicar sua neutralidade na atual disputa de Cuiabá, como o PSDB tomou decisão dia 10.
"Como meu nome tem sido citado, eu resolvi falar para deixar claro minha posição de forma mais clara, de neutralidade, respeitando posição do PSDB. E qualquer um dos dois candidatos que forem eleitos, vamos fazer oposição", ratificou.
"Eu tenho dificuldade de apoir Mauro. O Mauro ataca, não faz ataques só no plano político e administrativo. Ele ataca na figura da pessoa. É algo até demodê na política. Hoje você combate ideias", afirmou em entrevista ao Olhar Direto.
De acordo com Wilsonm, os dois candidatos perdem grande chance de apresentar propostas e soluções para cidade. "Há ainda em torno 10% a 12% de indecisos. Esse vão decidir as eleições", avisa.
Wilson afirma que chegou à prefeitura com quatro partidos, com 53% dos votos. Fui reeleito com 13 partidos com 61% em 2008. "Faltou habilidade para defender a unidade do grupo e defender nossos erros e acertos", avaliou sobre o desempenho do correligionário Guilherme Maluf (PSDB). Ele lembrou que em 2010, em Cuiabá, como candidato a governador, teve 23% dos votos, que poderiam ser transferidos para Guilherme Maluf.
Em campanhas eleitorais, Wilson Santos ficou conhecido com o chamado "Comitê da Maldade", quando um dos seus assessores comentava ao seu ouvido em intervalo do debate de TV que tinha uma estratégia para atacar o então candidato Sérgio Ricardo (PPS). O vídeo da conversa vazou para a imprensa.
A ação foi sempre ligada ao ex-secretário estadual de Comunicação, Pedro Pinto e o ex-senador e ex-secretário da Casa Civil, Antero Paes de Barros, que hoje atua na campanha de Mauro Mendes (PSB), mas que fez campanha contra o candidato do PSB em 2008.
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