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Tecnologia
Quarta - 14 de Abril de 2004 às 15:23

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A Nokia revelou nesta quarta-feira uma nova versão do N-Gage --que mistura videogame portátil com telefone celular-- e tenta corrigir os erros do primeiro aparelho, que não caiu no gosto dos consumidores.

A tela pequena, um sistema pouco prático de instalar os cartuchos e o tamanho do produto --considerado grande-- são os principais pontos fracos do N-Gage.

As mudanças foram projetadas para agradar quem gosta de jogar, de acordo com a Nokia. Em sua primeira versão, era preciso tirar a bateria e então colocar o cartucho com o jogo. No novo N-Gage, a troca de cartucho está simplificada e não é mais necessário tirar a bateria do aparelho.

Além disso, alguns recursos --como o tocador de músicas no formato MP3 e a conexão via porta USB com computadores-- foram removidos do videogame. A comunicação com os PCs passará a ser feita via tecnologia Bluetooth, que dispensa fios.

A tela do N-Gage, porém, foi aprimorada. Agora o portátil pode exibir mais de 65 mil cores na telinha, enquanto a versão original tinha capacidade para mostrar 4.096 cores. A bateria também dura mais: dá para jogar por cerca de 10 horas consecutivas.

Quando usado como um telefone, o N-Gage será compatível com o padrão GSM. Além disso, ele será 20% menor que seu antecessor.

Segundo Ilkka Raiskinen, vice-presidente sênior da divisão de games da Nokia, o novo aparelho vai custar US$ 199 nos Estados Unidos. Dependendo das promoções feitas por operadoras, o N-Gage pode sair ainda mais barato, disse Raiskinen.

O videogame será lançado em maio na África, Ásia e Europa. Um mês depois ele deve chegar às prateleiras das lojas no continente americano.

Credibilidade

As vendas do primeiro N-Gage ficaram em torno de 600 mil unidades entre outubro do ano passado e janeiro deste ano, segundo a Nokia, mas elas foram subsidiadas por pacotes oferecidos por algumas operadoras de telefonia.

Em dezembro, a popularidade do aparelho foi questionada depois que a Arcadia Research, instituto de pesquisa independente, afirmou que apenas 5.000 unidades foram comercializadas nos Estados Unidos. A Nokia disse ter enviado cerca de 400 mil videogames para as lojas norte-americanas.

Jorma Ollila, principal executivo da empresa, reconheceu em janeiro que as vendas do N-Gage não atingiram as expectativas da Nokia, mas não revelou quantas unidades do produto foram vendidas.

Para analistas, o sucesso do videogame não é importante do ponto de financeiro para a Nokia. A questão é a credibilidade da companhia, que precisa mostrar competência nas áreas técnicas e de marketing.




Fonte: Folha Online

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