Peessedista também comentou sobre as declarações do senador Pedro Taques no programa eleitoral do candidato a prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes
VLT agora é defendido pelos oportunistas políticos, afirma Riva
Em virtude das eleições municipais deste ano, muitos contrários ao Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) passaram a defender ao menos diante dos meios de comunicação, o modal de transporte que está sendo construído em Cuiabá e Várzea Grande.
Durante entrevista ao programa “Chamada Geral”, da Rádio Mega FM, nesta terça-feira (16), ao jornalista Lino Rossi e ao analista político Alfredo Mota Menezes, o presidente da Assembleia Legislativa, José Riva (PSD), principal defensor do modelo de transporte, lembrou a luta isolada inicialmente para a implantação do VLT.
“Me lembro da luta para inserir o VLT neste debate, pois não concordava com a implantação do Bus Rapid Transit (BRT) sem a discussão com a sociedade. Não usei essa questão em nenhum momento nesta campanha, como estranhamente fizeram alguns que sequer são favoráveis ao modelo, mas aproveitam o momento eleitoral por oportunismo”, cutucou o peessedista.
Riva lembrou que alguns políticos do Estado preferiram ficar ao lado dos empresários de combustível e pneus, que serão prejudicados com a implantação do VLT, modelo de transporte mais moderno, ágil e ecologicamente sustentável.
“A história vai mostrar que o VLT é o melhor para Mato Grosso, defendo desde o início o sistema, pois tenho a obrigação como parlamentar. Cuiabá não me deve nada pela luta diária pelo modelo, eu devo o meu trabalho a sociedade e sei o quanto custou esta defesa. Foram inúmeras as críticas, ameaças, xingamentos”, revelou Riva.
Inúmeros empresários já demonstraram o desejo em ser concessionários do modelo depois de implantado nas duas cidades, segundo o parlamentar. “Mas, esse discurso não era interessante para alguns. Porém, é preciso lembrar que com o BRT, os ônibus devem ser substituídos a cada sete anos, haveria o custo com as desapropriações, gastos com combustível, pneus, o que o tornaria mais caro do que o VLT. Sabemos que este discurso de alguns é bancado por grupos econômicos, o tempo mostrará”, afirmou.
MODAL – O VLT dura em média 30 anos; pode ser aumentado conforme a demanda com o acoplamento de novos vagões; não polui o meio ambiente (não utiliza pneus e é movido à energia elétrica), é mais seguro, mais rápido e exige poucas desapropriações.
No entanto, a consolidação do VLT percorreu um longo caminho até ser reconhecido como o melhor para Cuiabá. Em 2008, Riva propôs a iniciativa, mas foi vetada pelo Governo do Estado. Meses depois insistiu na proposta e, com luta e determinação conseguiu a mudança do Bus Rapid Transit – BRT para o VLT. “Muito mais conforto, segurança e rapidez por um preço justo”, finalizou.
SAÚDE - O presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva (PSD), comentou as declarações do senador Pedro Taques (PDT), que durante o programa no horário político gratuito do candidato a prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), mencionou sobre repasses do Governo do Estado feitos ao legislativo estadual e criticou ausência para o setor de saúde.
“Sem dúvida, é oportunismo político e mentirosa esta declaração. O Estado faz o orçamento aquém das suas necessidades, não consta no orçamento de 2012, todas as folhas salariais da Assembleia Legislativa, do poder judiciário, do Ministério Público Estadual (MPE), do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT). Como o não é possível abarcar todas as despesas, no decorrer do ano, os poderes vão recebendo a suplementação orçamentária mensalmente de acordo com o que tem direito”, explicou.
Como todos os poderes recebem esta suplementação, o presidente do legislativo afirma que a declaração do pedetista ocorreu em função do pleito eleitoral em Cuiabá, onde Mauro Mendes (PSB) e Lúdio Cabral (PT) disputam o segundo turno. “É um repasse que está dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal e outros legislativos estaduais e municipais, como os demais poderes também recebem, assim como o Senado Federal, que gasta bilhões e proporcionalmente, muito mais do que Assembleias e Câmaras. Isso acontece em todos os setores da administração pública e há muito tempo, e os senadores Pedro Taques e Blairo Maggi, além do ex-senador Antero de Barros sabem disso, pois a medida que a receita vai sendo executada, o Poder Executivo vai liberando o orçamento que tem direito os demais poderes”, comparou Riva.
Quanto aos problemas na área da saúde, Riva concorda que a situação é grave, mas, lembrou que não começou desde agora e é maldade e oportunismo político, colocarem sobre os ombros de Lúdio Cabral e o governador Silval Barbosa. “O chefe do executivo estadual disse que recebeu o Estado com déficit de R$ 120 milhões. É preciso resolver, mas devemos analisar as conjunturas. Os nossos senadores podem aportar recursos para construir hospitais, liberar recursos para a saúde e o senador Pedro Taques tem uma ótima oportunidade para começar a pagar os votos que teve no interior. Na disputa eleitoral, as questões afloram e é sacanagem jogar nas costas do Lúdio, essa responsabilidade. Digo isso à vontade, pois tenho divergências históricas com o PT e o PSD liberou o diretório municipal para direcionar o caminho da legenda para o segundo turno”, reiterou.
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