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Garimpeiros armados buscam mortos em reserva Cinta-Larga
A tensão entre índios e garimpeiros na região da reserva Roosevelt, em Rondônia, próximo a divisa com Mato Grosso, pode se agravar ainda mais nas próximas horas. De acordo com a Funai em Brasília, um representante dos garimpeiros telefonou para o superintendente da Polícia Federal em Porto Velho, delegado Marco Moura, informando que um grupo de vinte homens armados estaria se dirigindo para a reserva para tentar resgatar corpos de vítimas do ataque de índios cinta-larga a um garimpo clandestino de diamante, na quarta-feira.
Uma informação não confirmada pelo governo e repassada na tarde de ontem para a Funai em Brasília dizia que o sindicato dos garimpeiros informou à PF que o grupo já teria localizado entre 14 e 17 corpos. À noite, 30 agentes da Polícia Federal que estão em greve foram liberados pelo sindicato para voltar ao trabalho e participar hoje do resgate dos cadáveres. Em entrevista por telefone ao GLOBO ontem, o cacique Oita Matina Cinta-Larga admitiu que o número de garimpeiros mortos pode ser maior:
- A gente não está sabendo quantos foram (mortos) porque eu ainda não conversei com os guerreiros, que cuidam da reserva - disse o cacique, que esteve em Porto Velho prestando depoimento à Justiça Federal.
Oita Matina disse que o ataque aos garimpeiros foi uma resposta à invasão da reserva.
- Os garimpeiros que começaram. Aí os guerreiros agiram. Não foi o índio que procurou. Foi o garimpeiro - afirmou.
Três corpos de garimpeiros mortos no ataque dos cinta-larga foram retirados do local na segunda-feira, mas sobreviventes garantem haver ainda dezenas de desaparecidos. O Sindicato dos Garimpeiros, com apoio do governo de Rondônia, diz que a Funai estaria impedindo as buscas para proteger os índios cinta-larga. Devido ao atraso, o grupo de vinte garimpeiros teria decidido procurar pelos corpos por conta própria.
Apesar de não confirmar a localização de mais corpos, a Funai confirmou que hoje pela manhã representantes do órgão e policiais federais seguirão para a reserva Roosevelt. A missão teria por objetivo evitar um novo confronto entre índios e garimpeiros.
- Pode acontecer um banho de sangue se esses garimpeiros realmente estiverem dentro da reserva - disse um assessor da presidência da Funai.
Numa reunião ontem com o governador Ivo Cassol (PSDB), representantes da direção da Funai que viajaram a Porto Velho teriam concordado em liberar a entrada na reserva de representantes do governo estadual, incluindo policiais militares e civis. Eles acompanhariam as operações de busca programadas para esta manhã.
Uma informação não confirmada pelo governo e repassada na tarde de ontem para a Funai em Brasília dizia que o sindicato dos garimpeiros informou à PF que o grupo já teria localizado entre 14 e 17 corpos. À noite, 30 agentes da Polícia Federal que estão em greve foram liberados pelo sindicato para voltar ao trabalho e participar hoje do resgate dos cadáveres. Em entrevista por telefone ao GLOBO ontem, o cacique Oita Matina Cinta-Larga admitiu que o número de garimpeiros mortos pode ser maior:
- A gente não está sabendo quantos foram (mortos) porque eu ainda não conversei com os guerreiros, que cuidam da reserva - disse o cacique, que esteve em Porto Velho prestando depoimento à Justiça Federal.
Oita Matina disse que o ataque aos garimpeiros foi uma resposta à invasão da reserva.
- Os garimpeiros que começaram. Aí os guerreiros agiram. Não foi o índio que procurou. Foi o garimpeiro - afirmou.
Três corpos de garimpeiros mortos no ataque dos cinta-larga foram retirados do local na segunda-feira, mas sobreviventes garantem haver ainda dezenas de desaparecidos. O Sindicato dos Garimpeiros, com apoio do governo de Rondônia, diz que a Funai estaria impedindo as buscas para proteger os índios cinta-larga. Devido ao atraso, o grupo de vinte garimpeiros teria decidido procurar pelos corpos por conta própria.
Apesar de não confirmar a localização de mais corpos, a Funai confirmou que hoje pela manhã representantes do órgão e policiais federais seguirão para a reserva Roosevelt. A missão teria por objetivo evitar um novo confronto entre índios e garimpeiros.
- Pode acontecer um banho de sangue se esses garimpeiros realmente estiverem dentro da reserva - disse um assessor da presidência da Funai.
Numa reunião ontem com o governador Ivo Cassol (PSDB), representantes da direção da Funai que viajaram a Porto Velho teriam concordado em liberar a entrada na reserva de representantes do governo estadual, incluindo policiais militares e civis. Eles acompanhariam as operações de busca programadas para esta manhã.
Fonte:
O Globo
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/386126/visualizar/
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