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Graziano rebate argumentos do MST
São Paulo - O ex-deputado federal Xico Graziano, ex-presidente do Incra e também ex-secretário da Agricultura de São Paulo, considera falsa a afirmação do MST de que grandes plantações de cana-de-açúcar não geram empregos e que, por isso, deveriam ser utilizadas para assentamentos agrícolas. Segundo disse, os canaviais, a exemplo de outras áreas do agronegócio, geram muitos empregos, arrecadam impostos e têm alavancado o crescimento das exportações brasileiras nos últimos anos.
Entrevistado no Jornal da Cultura, da TV Cultura, ele lembrou que, antes, o MST ocupava os latifúndios alegando que estavam vazios, mas com o fim das grandes extensões de terras improdutivas, o movimento agora fala em latifúndios improdutivos. "Isso é uma contradição em termos, porque se é latifúndio é improdutivo", argumentou.
O preço do veneno
Sobre a declaração do líder do movimento, João Pedro Stédile, de que o governo Lula é aliado do MST, mas que a reforma agrária não avança por questões burocráticas, Graziano disse que o governo foi eleito para governar. "O que nós estamos percebendo hoje é que o MST está fazendo de conta que é governo."
Para ele, o governo petista está experimentando o seu próprio veneno, porque quando era oposição incentiva ações violentas e "autoritárias" do MST. "Agora, está pagando um preço por isso. O que nós estamos cada vez mais preocupados é que o País está produzindo. Será que isso (o aumento das invasões) é para complicar e atrapalhar o único setor que dá boas notícias para o Brasil?"
Objetivos políticos
O ex-presidente do Incra revelou que estuda a questão da reforma agrária há 30 anos, já tendo estado no governo e no Congresso, e que por isso se sente à vontade para falar do tema. Disse ser necessário explicar à opinião pública que o MST não é mais um movimento social, mas uma organização estruturada e organizada para fins políticos. "Ela faz isso para obter recursos do governo."
Sobre qual seria a ideologia política do movimento, respondeu que é uma espécie de revolucionarismo vindo de décadas passadas. "Acho que eles se encantaram, na década lá em que nós todos éramos revolucionários, quando todo mundo era meio socialista, meio comunista. Só que o tempo passou."
Modelo ultrapassado
Segundo Graziano, o grande problema não está nem no governo, nem no MST, mas num modelo de reforma agrária que não funciona mais. Ressaltou que, quando se pensou, lá atrás, em se fazer reforma agrária, o Brasil era só latifúndio e essencialmente rural. Hoje, o Brasil tem a terra produtiva e os sem-terra vêm das cidades. "O grande drama da questão agrária em nosso país está no com-terra, é o agricultor que está sendo desrespeitado pelo MST."
Para o ex-secretário paulista da Agricultura, o MST inventou uma fábrica de sem-terra, arregimentando desempregados das cidades para transformá-los em agricultores. "Não vai dar certo, não está dando certo. E o governo descobriu isso. Para produzir no campo, você precisa de muita tecnologia e hoje os mercados são muito seletivos, ao contrário de 40, 20 anos atrás."
“Não vai funcionar”
Neste sentido, lembrou que os pequenos agricultores de hoje passam por muitas dificuldades para enfrentar o mundo da tecnologia. "Se eles, que são bisnetos, tataranetos de agricultores, estão sofrendo, como é que você vai transformar gente que não nenhuma aptidão para ser agricultor? Não vai funcionar."
Entrevistado no Jornal da Cultura, da TV Cultura, ele lembrou que, antes, o MST ocupava os latifúndios alegando que estavam vazios, mas com o fim das grandes extensões de terras improdutivas, o movimento agora fala em latifúndios improdutivos. "Isso é uma contradição em termos, porque se é latifúndio é improdutivo", argumentou.
O preço do veneno
Sobre a declaração do líder do movimento, João Pedro Stédile, de que o governo Lula é aliado do MST, mas que a reforma agrária não avança por questões burocráticas, Graziano disse que o governo foi eleito para governar. "O que nós estamos percebendo hoje é que o MST está fazendo de conta que é governo."
Para ele, o governo petista está experimentando o seu próprio veneno, porque quando era oposição incentiva ações violentas e "autoritárias" do MST. "Agora, está pagando um preço por isso. O que nós estamos cada vez mais preocupados é que o País está produzindo. Será que isso (o aumento das invasões) é para complicar e atrapalhar o único setor que dá boas notícias para o Brasil?"
Objetivos políticos
O ex-presidente do Incra revelou que estuda a questão da reforma agrária há 30 anos, já tendo estado no governo e no Congresso, e que por isso se sente à vontade para falar do tema. Disse ser necessário explicar à opinião pública que o MST não é mais um movimento social, mas uma organização estruturada e organizada para fins políticos. "Ela faz isso para obter recursos do governo."
Sobre qual seria a ideologia política do movimento, respondeu que é uma espécie de revolucionarismo vindo de décadas passadas. "Acho que eles se encantaram, na década lá em que nós todos éramos revolucionários, quando todo mundo era meio socialista, meio comunista. Só que o tempo passou."
Modelo ultrapassado
Segundo Graziano, o grande problema não está nem no governo, nem no MST, mas num modelo de reforma agrária que não funciona mais. Ressaltou que, quando se pensou, lá atrás, em se fazer reforma agrária, o Brasil era só latifúndio e essencialmente rural. Hoje, o Brasil tem a terra produtiva e os sem-terra vêm das cidades. "O grande drama da questão agrária em nosso país está no com-terra, é o agricultor que está sendo desrespeitado pelo MST."
Para o ex-secretário paulista da Agricultura, o MST inventou uma fábrica de sem-terra, arregimentando desempregados das cidades para transformá-los em agricultores. "Não vai dar certo, não está dando certo. E o governo descobriu isso. Para produzir no campo, você precisa de muita tecnologia e hoje os mercados são muito seletivos, ao contrário de 40, 20 anos atrás."
“Não vai funcionar”
Neste sentido, lembrou que os pequenos agricultores de hoje passam por muitas dificuldades para enfrentar o mundo da tecnologia. "Se eles, que são bisnetos, tataranetos de agricultores, estão sofrendo, como é que você vai transformar gente que não nenhuma aptidão para ser agricultor? Não vai funcionar."
Fonte:
Estadão.com
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/386149/visualizar/
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