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Polícia Brasil
Segunda - 12 de Abril de 2004 às 10:52

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As polícias Civil e Militar reforçaram nesta segunda-feira a segurança na favela da Rocinha, na zona sul do Rio. São 900 PMs e 90 policiais civis que vão atuar na região, por tempo indeterminado, divididos em três turnos. Eles também realizarão operações nos acessos ao morro do Vidigal.

O efetivo da PM envolve homens do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais, GAM (Grupamento Aeromarítimo), Getam (Grupamento Especial Tático-Móvel), GTM (Grupamento Tático de Motociclistas), Companhia de Cães, Batalhão Florestal, 23º Batalhão (Leblon), 19º Batalhão (Copacabana), 2º Batalhão (Botafogo) e 31º Batalhão (Recreio).

Desde a última sexta-feira, oito pessoas morreram por causa de confrontos entre traficantes e policias e durante a invasão de rivais na Rocinha. Na noite deste domingo, Divino Alves Cláudio, 42, foi assassinado ao ser atingido por uma bala perdida enquanto estava na varanda de casa, na Rocinha.

Traficantes do Vidigal tentaram invadir a Rocinha para dominar pontos de venda de drogas. Na sexta, eles realizaram uma falsa blitz na estrada da Gávea, um dos acessos à Rocinha, e mataram a mineira Telma Veloso Pinto, 38, que se recusou a parar na avenida. Ela levou um tiro de fuzil na cabeça.

Neste domingo, a polícia prendeu Pedro Arthur de Farias, 44, o Cuca ou Di Oscar, um dos supostos chefes do tráfico no Vidigal. Segundo a polícia, ele confirmou ter participado da falsa blitz, mas negou que tenha atirado contra a mineira.

O traficante afirmou, conforme a polícia, que, na madrugada de sexta, o líder dos ataques, Eduíno Eustáquio de Ataújo Filho, o Dudu, o procurou no morro e organizou os ataques.

Segundo Di Oscar, a ordem para os ataques partiu de um traficante preso em Bangu 1. Ele disse também que foram recrutados diversos integrantes do CV (Comando Vermelho) de outras favelas.

O objetivo de Dudu é controlar os pontos-de-venda de drogas na Rocinha que pertencem a Luciano Barbosa da Silva, o Lulu. Líderes do CV teriam dito a Lulu para que ele entregasse parte da favela a Dudu. No entanto, Lulu não obedeceu e causou um racha na facção. Lulu também teria se aliado à ADA (Amigo dos Amigos), facção rival do CV.

Além da mineira e de Cláudio, morreram dois moradores da Rocinha, dois policiais e dois supostos traficantes.




Fonte: Folha Online

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