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Economia
Domingo - 11 de Abril de 2004 às 13:32
Por: Marina Guimarães

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Buenos Aires - A Argentina voltará a receber a partir de amanhã energia elétrica do Brasil, mas desta vez não se tratará de uma "ajuda emergencial" brasileira mas de um negócio que sairá bastante caro para o sócio menor. A Cammesa, administradora do mercado elétrico argentino, pagará um preço mínimo de US$ 25,20 por cada MW/hora de energia térmica, importada do Brasil. Esse valor é duas vezes e meia maior que o governo de Néstor Kirchner paga às usinas térmicas argentinas: US$ 10,17.

Entre os dias 30 de maio a 2 de abril, o Brasil exportou 500 MW/hora de energia elétrica para a Argentina, em caráter de emergência. Agora, a partir da próxima segunda-feira, o Brasil voltará a exportar energia à Argentina e o fato produziu "indignação" por parte das geradoras locais por causa do preço a ser pago pela energia brasileira. Uma fonte do setor aproveitou para marcar a "grande diferença" dos preços da energia entre os países da região: "ao Brasil pagam US$ 25; ao Chile US$ 37 e à nós, US$10. Ou seja, essa disparidade será paga, mais cedo ou mais tarde, pela demanda e pela crise", afirmou, confirmando que a atual crise energética argentina é o resultado das tarifas congeladas que levaram as empresas a não realizar os investimentos necessários no setor.




Fonte: Estadão.com

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