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Esportes
Domingo - 11 de Abril de 2004 às 12:16
Por: Allen Chahad

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O presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Marco Polo Del Nero, confessou ter se decepcionado com o Campeonato Paulista 2004, o primeiro estadual organizado por sua gestão. O cartola assumiu o comando da entidade em agosto do ano passado, como sucessor de Eduardo José Farah (desde 1988 no poder).

A pequena presença de público, mais a prematura eliminação dos grandes clubes, além da própria fórmula da competição, são os principais pontos de descontentamento do cartola.

Neste domingo, a partir das 16h, São Caetano e Paulista iniciam a segunda decisão 0% paulistana da história. Em 1990, Bragantino e Novorizontino fizeram a primeira.

"Foi muito aquém do que gostaríamos", afirma Del Nero. O dirigente se justifica: diz que não havia datas para realizar um campeonato mais longo, o que, para ele, seria suficiente para melhorar o fraco nível técnico do torneio.

"Uma primeira fase com os clubes jogando apenas nove ou dez partidas não é um campeonato atraente. Mas isso é culpa do calendário apertado e o campeonato só poderia ser assim", lamenta.

A média de público do estadual é de 4.038 torcedores por jogo. É o pior número dos últimos seis anos (sem contar 2002, que teve média de 1.078 e nenhum grande clube participando). Em 2000, por exemplo, a média foi de 24.701, superior ao ano anterior (19.501). Mas desde então a média tem caído, casos de 2001 (13.644) e 2003 (6.988).

Apesar da decepção, o cartola vê um lado positivo na pífia bilheteria. "Evidentemente que foi decepcionante, mas ao mesmo tempo queremos mudar a cara do torcedor. Queremos fazer do futebol um entretenimento e não um espaço de guerra", discursa.

Outra desculpa para a discreta afluência de público é climática. "Foi uma temporada de chuvas implacáveis", comenta o dirigente.

O Paulista teve no seu início o ingresso mais barato fixado no preço de R$ 20, valor fora do padrão econômico nacional e especialmente do torcedor de futebol. Depois de casos de torcedores que ganharam na Justiça o direito de pagar R$ 10 pelos bilhetes, a FPF recuou e baixou para todos o preço das entradas populares.




Fonte: Redação/Terra

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