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Economia
Sábado - 10 de Abril de 2004 às 11:16
Por: Elaine Cotta

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A Corte de Falências de Nova York prorrogou para o dia 27 de abril o prazo para decidir se irá aprovar ou não a venda da Embratel para a mexicana Telmex. Antes, a decisão estava prevista para a próxima terça-feira (13).

Com isso, a Corte postergou também o prazo para que as empresas interessadas na compra encaminhem novas propostas ou objeções ao acordo fechado entre a MCI, controladora da Embratel, e a mexicana Telmex. A data-limite, que era hoje, passa a ser dia 22.

O adiamento, anunciado ontem à noite pelo juiz Arthur Gonzalez, da Corte de Falências de Nova York, foi decido para atender a um pedido feito pela Telmex e pela MCI, na terça-feira. Ou seja, um dia antes do consórcio Calais apresentar uma nova proposta.

"A MCI e a Telmex pediram o adiamento", confirmou a advogada da MCI em entrevista publicada hoje pela edição on-line do "Wall Street Journal". Goldstein, no entanto, não soube informar se o pedido foi atendido por conta da solicitação das empresas ou porque a Corte queria mais prazo para analisar a oferta da Calais.

Nova oferta

Na tentativa de tentar reverter a decisão da MCI --que prefere vender para a Telmex-- o Calais ofereceu uma garantia de que a empresa americana receberá o valor mínimo de US$ 360 milhões, caso o negócio seja reprovado pelas autoridades reguladoras brasileiras.

O grupo havia ofertado US$ 550 milhões, valor maior que o da Telmex, mas teve a proposta recusada pela MCI, que justificou a decisão alegando possíveis dificuldades para a aprovação da operação pelos órgãos reguladores brasileiros.

A Calais considera que a nova proposta elimina o risco de a MCI perder com a operação e garante que, na pior das hipóteses --ou seja, reprovação no Brasil--, a controladora da Embratel não receberá menos que os US$ 360 milhões já oferecidos pela Telmex.

A Calais cobriria, segundo a proposta de indenização apresentada, a diferença dos valores obtidos em uma nova tentativa de venda da Embratel e a proposta atual da Telmex.

Se a MCI for obrigada a encontrar um novo comprador para a Embratel e a oferta pela empresa ficar abaixo de US$ 360 milhões, a Calais se compromete a pagar a diferença.

Mais prazo

Para os analistas, o adiamento dá à Telmex mais tempo para elaborar e, talvez, melhorar a sua oferta. "A Telmex ganha tempo para melhorar sua oferta" afirma o analista Edigimar Maximiliano, do Unibanco.

Relatório da corretora americana Merrill Lynch também comenta o adiamento da decisão, citando que a decisão pode sinalizar que a Corte deve analisar a nova proposta da Calais.

"Em primeiro lugar, isso pode significar que há chances de tanto a MCI quanto a Corte decidam a favor da oferta da Calais", afirma o relatório da corretora.




Fonte: Folha Online

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