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Agronegócios
Quarta - 07 de Abril de 2004 às 12:49
Por: Gazeta Independente

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Na semana passada, os contratos futuros de soja fecharam em forte alta, com grande volume de compras de especuladores.Desde 1988 não se registrava cotações tão altas. A saca de 60 kilos foi comercializada em dólares ao equivalente a R$ 68,00, uma cotação que há muito tempo não era atingida.

De acordo com o Produtor Ricardo Arioli, essa alta deve-se à falta do produto no mercado. “Nós estamos com o estoque de soja mais baixo dos últimos 15 anos, enquanto que a procura por parte dos compradores só tem aumentado. Por exemplo, a China, um mercado com mais de um bilhão de pessoas, montou várias esmagadoras, precisa de óleo e farelo para alimentar a sua população e outras também, então é isso que está acontecendo: a lei da oferta e da procura, quando alguém quer muito um produto que está em falta o preço sobe”, explicou.

E essa alta nos preços é sempre muito bem-vinda, especialmente no Mato Grosso, pois os produtores lucram e com dinheiro na mão, compram mais no mercado local, investem em suas propriedades e conseqüentemente geram renda e aumentam o giro de capital no comércio local.

A falta de chuvas na região sul e o excesso no centro-oeste, principalmente em Mato Grosso, juntamente com a Ferrugem Asiática, são alguns dos fatores que determinaram a queda na produção de soja este ano. Mas as altas cotações devem compensar, em parte, o prejuízo dos agricultores. O difícil é saber se as altas vão continuar.

Estiagem favorece a colheita de lavouras de semente

A chuva que chegou a ocasionar perdas nas lavouras de soja no mês de fevereiro deu trégua. Há poucos dias começou o período de colheita das lavouras de semente de soja. Além da produção de soja em grãos, Sapezal também é um grande produtor de semente da oleaginosa.

“Com o período de leve estiagem pelo qual estamos passando, está facilitado o processo de colheita das lavouras de semente de soja”, é o que afirma o técnico da Fundação Mato Grosso, Antonio Ricardo Ferreira. Apesar de algumas lavouras terem sofrido algumas perdas no seu período de floração, reduzindo a produtividade, o saldo é satisfatório. Aqui na região, certamente, teremos sementes de excelente qualidade, considera o técnico da FMT.

“Em virtude de o clima estar colaborando, pois não temos tido chuva nos últimos dias, nós estamos colhendo sementes de primeira qualidade”, comemora Arnaldo Ferrando dos Santos, gerente da Fazenda Tucunaré.

Outro sementeiro que atua em Sapezal, integrante do Grupo Bom Futuro, plantou no município de Campo Verde. Segundo o encarregado administrativo do Grupo, Isaías da Silva, lá o tempo também está favorecendo a colheita e as sementes estão apresentando excelente qualidade, sendo que a estimativa é de colherem 400 mil sacas de semente de soja.




Fonte: Tangará da Serra

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