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Brasileiro está à frente de nova técnica de cirurgia cardíaca
Bruxelas - Um brasileiro está à frente de uma nova aplicação da micro-robótica à cirurgia cardíaca. Com equipes de três centros de pesquisa europeus, o médico André Scattolin Faure, de 39 anos, desenvolve um micro-robô para tratar fibrilação atrial - tipo de arritmia, caracterizada pelo batimento cardíaco acelerado e irregular das câmaras superiores do coração (os átrios).
Participam do desenvolvimento do protótipo centros da Bélgica, França e Alemanha, além de uma empresa britânica. O instrumento permitirá maior precisão do procedimento, menos riscos para pacientes, menor tempo de cirurgia e de pós-operatório.
O protótipo de Faure distingue-se dos demais robôs cirúrgicos disponíveis no mercado graças ao formato de sua ponta. Enquanto os atuais têm instrumentos cirúrgicos convencionais miniaturizados, como pinças ou tesouras, o novo modelo carregará uma malha flexível de eletrodos, que se ajustará ao formato do coração. Os eletrodos cauterizam regiões do átrio doente, restabelecendo o ritmo cardíaco normal.
Faure espera ver seu protótipo montado ainda este mês, quando começará a testá-lo em animais. O micro-robô é composto por um braço robótico que faz uma incisão de 1 centímetro no peito do paciente. Com diâmetro pouco maior do que o de uma caneta, o braço penetra no átrio, com o coração em funcionamento. Lá dentro, a malha de eletrodos é aberta e ajustada ao formato da câmara a ser tratada. Os eletrodos cauterizam locais específicos da parede do átrio, corrigindo a fibrilação. Ao lado da mesa cirúrgica, o cirurgião opera com a ajuda de dois joysticks.
Durante todo o procedimento, ele permanece sentado em frente de um console, acompanhando a intervenção, reconstituída em imagens de três dimensões numa tela. As imagens são captadas por uma sonda ecográfica, inserida no esôfago do paciente.
"A técnica não apresenta riscos desconhecidos, já que a penetração no átrio cardíaco sem parar o coração não é novidade e o uso de rádio freqüência para produzir barreiras aos impulsos anormais é um método seguro e eficaz", diz Faure. "A diferença reside no instrumental, que fará incisões mínimas e reproduzirá a eficiência equivalente ao obtido na cirurgia de coração aberto."
Faure desembarcou em Bruxelas, há três anos, para apresentar sua idéia, a convite do especialista Guy-Bernard Cardière. Estava desenvolvendo o trabalho em seu mestrado no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Na platéia, funcionários do governo belga, responsáveis pela política científica, se interessaram pelo projeto, o que rendeu ao médico brasileiro o financiamento de US$ 1,85 milhão. O recurso cobre os custos até a fase final do micro-robô, prevista para acontecer no segundo semestre deste ano.
(Colaborou Luciana Miranda)
Participam do desenvolvimento do protótipo centros da Bélgica, França e Alemanha, além de uma empresa britânica. O instrumento permitirá maior precisão do procedimento, menos riscos para pacientes, menor tempo de cirurgia e de pós-operatório.
O protótipo de Faure distingue-se dos demais robôs cirúrgicos disponíveis no mercado graças ao formato de sua ponta. Enquanto os atuais têm instrumentos cirúrgicos convencionais miniaturizados, como pinças ou tesouras, o novo modelo carregará uma malha flexível de eletrodos, que se ajustará ao formato do coração. Os eletrodos cauterizam regiões do átrio doente, restabelecendo o ritmo cardíaco normal.
Faure espera ver seu protótipo montado ainda este mês, quando começará a testá-lo em animais. O micro-robô é composto por um braço robótico que faz uma incisão de 1 centímetro no peito do paciente. Com diâmetro pouco maior do que o de uma caneta, o braço penetra no átrio, com o coração em funcionamento. Lá dentro, a malha de eletrodos é aberta e ajustada ao formato da câmara a ser tratada. Os eletrodos cauterizam locais específicos da parede do átrio, corrigindo a fibrilação. Ao lado da mesa cirúrgica, o cirurgião opera com a ajuda de dois joysticks.
Durante todo o procedimento, ele permanece sentado em frente de um console, acompanhando a intervenção, reconstituída em imagens de três dimensões numa tela. As imagens são captadas por uma sonda ecográfica, inserida no esôfago do paciente.
"A técnica não apresenta riscos desconhecidos, já que a penetração no átrio cardíaco sem parar o coração não é novidade e o uso de rádio freqüência para produzir barreiras aos impulsos anormais é um método seguro e eficaz", diz Faure. "A diferença reside no instrumental, que fará incisões mínimas e reproduzirá a eficiência equivalente ao obtido na cirurgia de coração aberto."
Faure desembarcou em Bruxelas, há três anos, para apresentar sua idéia, a convite do especialista Guy-Bernard Cardière. Estava desenvolvendo o trabalho em seu mestrado no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Na platéia, funcionários do governo belga, responsáveis pela política científica, se interessaram pelo projeto, o que rendeu ao médico brasileiro o financiamento de US$ 1,85 milhão. O recurso cobre os custos até a fase final do micro-robô, prevista para acontecer no segundo semestre deste ano.
(Colaborou Luciana Miranda)
Fonte:
Estadão.com
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/386740/visualizar/
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