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TV em excesso pode comprometer atenção das crianças
Chicago - Crianças de até três anos de idade que assistem à televisão em excesso têm mais chance de desenvolver problemas de concentração quando chegam à idade escolar, por volta dos sete anos. Esta é a conclusão de um estudo publicado na edição de abril da revista norte-americana especializada em pediatria Pediatrics. O estudo sugere que a TV pode superestimular o cérebro em desenvolvimento. Para cada hora em frente da TV por dia, dois grupos de crianças, com idades variando de um a três anos, tiveram 10% de aumento no risco de ter problemas aos sete anos. A descoberta confirma uma pesquisa anterior, segundo a qual a televisão diminui a atenção das crianças, e reforça a recomendação da Academia Americana de Pediatria para que crianças com menos dois anos não assistam à televisão.
"Na verdade existem várias razões para crianças não verem TV. Outros estudos mostraram que isto está associado com a obesidade e a agressividade", disse um dos autores do estudo, Dr. Dimitri Christakis, pesquisador do Hospital Infantil e Centro Médico Regional de Seattle.
Os pesquisadores não souberam quais programas as crianças viam, mas Christakis disse que o conteúdo não é o problema. A questão é que as imagens fantasiosas típicas da maioria dos programas de TV podem alterar o desenvolvimento normal do cérebro. "O cérebro recém-nascido se desenvolve rapidamente entre os primeiros dois e três anos de vida. Nós sabemos, a partir do estudo em ratos recém-nascidos, que, se expostos a diferentes níveis de estímulo, a arquitetura do cérebro será diferente", disse o médico.
Essa estimulação excessiva pode criar hábitos da mente que, a longo prazo, podem ser prejudiciais, disse Christakis. Se a teoria for verdadeira, as mudanças no cérebro podem ser permanentes, mas as crianças com problemas de atenção podem aprender a compensar as dificuldades, ele disse. A Academia Americana de Pediatria alertou em 1999 que crianças com menos de 2 anos não deveriam assistir à televisão por causa dos efeitos na formação do cérebro e no desenvolvimento social, emocional e de suas habilidades cognitivas.
No editorial da Pediatrics, a psicóloga educacional Jane Healy disse que o estudo "é importante a longo prazo", mas precisa ser acompanhado para confirmar e explicar melhor os mecanismos envolvidos.
Jennifer Kotler, diretora assistente de pesquisa no Sesame Workshop, que produz programas de televisão educativos, como Vila Sésamo, questionou se os resultados da pesquisa publicada na Pediatrics se aplicavam à programação educativa. "Nós não ignoramos a pesquisa, mas é preciso mais dados sobre variáveis que poderiam afetar o impacto da exposição precoce à televisão, inclusive se ver tv junto com os pais ou o conteúdo fazem diferença, pois há muitas pesquisas que apontam os benefícios de programas educativos", disse Jennifer.
"Na verdade existem várias razões para crianças não verem TV. Outros estudos mostraram que isto está associado com a obesidade e a agressividade", disse um dos autores do estudo, Dr. Dimitri Christakis, pesquisador do Hospital Infantil e Centro Médico Regional de Seattle.
Os pesquisadores não souberam quais programas as crianças viam, mas Christakis disse que o conteúdo não é o problema. A questão é que as imagens fantasiosas típicas da maioria dos programas de TV podem alterar o desenvolvimento normal do cérebro. "O cérebro recém-nascido se desenvolve rapidamente entre os primeiros dois e três anos de vida. Nós sabemos, a partir do estudo em ratos recém-nascidos, que, se expostos a diferentes níveis de estímulo, a arquitetura do cérebro será diferente", disse o médico.
Essa estimulação excessiva pode criar hábitos da mente que, a longo prazo, podem ser prejudiciais, disse Christakis. Se a teoria for verdadeira, as mudanças no cérebro podem ser permanentes, mas as crianças com problemas de atenção podem aprender a compensar as dificuldades, ele disse. A Academia Americana de Pediatria alertou em 1999 que crianças com menos de 2 anos não deveriam assistir à televisão por causa dos efeitos na formação do cérebro e no desenvolvimento social, emocional e de suas habilidades cognitivas.
No editorial da Pediatrics, a psicóloga educacional Jane Healy disse que o estudo "é importante a longo prazo", mas precisa ser acompanhado para confirmar e explicar melhor os mecanismos envolvidos.
Jennifer Kotler, diretora assistente de pesquisa no Sesame Workshop, que produz programas de televisão educativos, como Vila Sésamo, questionou se os resultados da pesquisa publicada na Pediatrics se aplicavam à programação educativa. "Nós não ignoramos a pesquisa, mas é preciso mais dados sobre variáveis que poderiam afetar o impacto da exposição precoce à televisão, inclusive se ver tv junto com os pais ou o conteúdo fazem diferença, pois há muitas pesquisas que apontam os benefícios de programas educativos", disse Jennifer.
Fonte:
AP
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/386931/visualizar/
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