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Esportes
Sábado - 03 de Abril de 2004 às 13:40
Por: Claudio Nogueira/Sanny Bertold

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Brasileirinho abafou! Somente com esta frase da letra do chorinho “Brasileirinho”, de Waldir Azevedo, pode se tentar expressar a emoção do público no Riocentro, durante e depois da apresentação de solo de Daiane dos Santos, ontem, nas eliminatórias para a etapa carioca da Copa do Mundo. Com nota 9,675, a Pérola Negra se classificou em primeiro para a final do aparelho, amanhã. Também passou à final no solo Camila Comin, em quarto, com 8,962. Em segundo, ficou a americana Alicia Sacramone, com 9,550, e em terceiro, a também americana Allyse Ishino, 9,237. Também ontem, Daiane assegurou um lugar na final do salto sobre o cavalo, em quarto, com 9,075. A melhor neste aparelho foi Oksana Chusovitina, do Uzbequistão, com nota 9,425. A Pérola Negra justificou o que dela se esperava. E fez mais, pois houve choros, sorrisos, arrepios, aplausos e gritos de “Daiane!” na arquibancada. — Disseram que a coreografia nova era ousada. Mas agora as pessoas viram que não era nada disso. Estou satisfeita com minha nota. Espero que este sucesso se repita nas Olimpíadas. Esta coreografia é a cara do Brasil, e quem não gostou não vai mais falar — afirmou ela, que quer melhorar para lutar pelo ouro amanhã. Ela estava satisfeita e aliviada. Antes se temia que árbitros conservadores não aprovassem as “sambadinhas”. — Se alguém quer mostrar algo não deve fazer isso verbalmente, mas com trabalho. Teve quem gostou e quem não gostou, mas nem Jesus agradou a todos. O importante é que a maioria gostou. Não só eu, mas a equipe está pronta para competir bem em Atenas e buscar grandes resultados — disse. Atleta fica cheia de presentes dos fãs Segundo ela, o exigente ucraniano Oleg Ostapenko, técnico-chefe da seleção, classificou sua apresentação de normal. Para Eliane Martins, diretora técnica da seleção, “normal” quer dizer “muito bom” para o técnico. — A nota de Daiane foi boa e ela poderia lutar pelo ouro olímpico — calculou Eliane. Ontem, Daiane estreou a nova coreografia que substituirá em Atenas “Rumba para los rumberos”, com que conquistou os ouros no solo no Mundial e em três etapas da Copa do Mundo. O público aplaudiu-a antes mesmo de começar, mas não gritou o nome da atleta na série, como ela própria havia pedido. — O apoio da torcida é importante, mas na hora certa. Fiquei um pouco surpresa com tanto carinho — disse ela, levando cartazes e um cordão, dados por fãs. Segundo ela, competir em casa às vezes é complicado, porque se de um lado se tem o apoio do público, do outro existe a curiosidade deste mesmo público e da imprensa: — É todo mundo em cima, e às vezes você treme na base... Quem também estava feliz era Rhony Ferreira, que elaborou a nova coreografia ao lado de Bárbara Laffranchi, técnica da seleção de ginástica rítmica. — Foi maravilhoso! Fiquei emocionado. Alguns árbitros me deram os parabéns depois. A torcida foi importante, e ela se empolgou e vestiu a coreografia — disse ele, antecipando que para amanhã talvez a atleta tenha de incluir alguns movimentos para chegar ao ouro.




Fonte: Globo Online

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