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Nacional
Sábado - 03 de Abril de 2004 às 13:05
Por: Adriana Matos

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Ovos de chocolate de 45 gramas, outros com 60 gramas e uma volumosa quantidade de unidades que variam de 120 a 220 gramas. Nesta Páscoa a indústria reduziu o tamanho do produto, reajustou o preço -corrigiu as tabelas acima da inflação- e as lojas pretendem vender, em média, até 20% além do verificado em 2003.

São 18,5 mil toneladas de chocolates já à venda no varejo -um volume 3% superior ao do ano passado- e grande parte tem peso unitário que não ultrapassa 250 gramas, de acordo com o levantamento das redes de varejo.

"No ano passado, não tínhamos essa variedade tão grande de ovos de pequeno porte. Hoje, por exemplo, vendemos um item que pesa 45 gramas a R$ 0,95. É por isso que há expectativas positivas", diz Geraldo Monteiro, diretor de operações do CompreBem.

Os fabricantes explicam que não existe risco de falta de produtos neste ano. Essa questão foi levantada pelo setor nos últimos dias, já que a produção foi apenas 3% maior que a do ano passado, mas as lojas calculam vendas de 15% a 20% superiores.

Não haverá porque, na realidade, em 2003 a produção foi superestimada. E, portanto, o aumento de 3% neste ano foi calculado em cima de um volume considerável produzido no passado.

Segundo a Folha apurou, em 2003 grandes supermercados ficaram com o produto parado em estoque por dias, após o final da Páscoa de 2003, e questionaram até a possibilidade de devolução de itens para a indústria.

Fornecedores esclarecem outro ponto: no ano passado, as compras foram tímidas -segundo dados da Fecomercio SP, entidade do setor varejista, houve retração nas vendas em relação a 2002. Portanto, um possível crescimento agora ocorrerá em cima de uma base de comparação fraca.

Entre os fabricantes que investiram na variedade estão os fornecedores das chamadas marcas próprias.

O produto marca própria é fabricado por indústrias contratadas por redes varejistas e tem o nome da loja impresso na embalagem do produto.

Interessadas nesse filão de mercado, Carrefour, Wal-Mart, Pão de Açúcar -as três maiores redes de varejo do país- aceleraram seus projetos para ampliar a fabricação de ovos próprios. Na média, eles são 20% mais em conta do que o de marcas líderes.

De qualquer forma, sofreram aumentos nos preços, assim como os itens vendidos por grandes fornecedores.

Neste ano, o produto sofreu reajuste acima da inflação acumulada em 12 meses. Chegam às prateleiras custando entre 8% e 10% acima do verificado em 2003. O IPC-Fipe acumula alta de 5% em um ano. A alta no valor de insumos como o cacau explica a elevação




Fonte: Folha de São Paulo

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