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Cidades/Geral
Segunda - 15 de Outubro de 2012 às 16:10

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“Exercícios de musculação na parte superior do corpo deixam a mulher com aspectos masculinos” é mais um dos mitos difundidos na sociedade, segundo o educador físico e proprietário da Academia Cultura Física Fitness, Odinei Rosa de Jesus. “Isso também é um mito como outros que já foram questionados como o caso da criança e do adolescente”. Para ele, essa imagem é direcionada à musculação por ser uma atividade muito associada e difundida pelo fisiculturismo.

O que as pessoas costumam chamar de “aspecto masculino” é a definição muscular, que seria um baixo percentual de gordura e a musculatura torneada, explica Odinei de Jesus, mas a mulher é fisiologicamente diferente do homem. “Nós estamos acostumados com a mulher do corpo roliço, ou seja, com alto percentual de gordura, que, relativamente, é natural da mulher, pelas diferenças hormonais em relação ao homem”.

Odinei de Jesus explica que as diferenças hormonais dão características diferentes a homens e mulheres. “Progesterona é o hormônio principal da mulher e a testosterona o hormônio principal do homem”, observa. A testosterona também é produzida pela mulher, porém em quantidade bem menor. O organismo feminino produz entre a metade e um terço, em comparação com o homem.

A deficiência de testosterona pode ter consequências sérias, tanto de ordem fisiológica como psicológica, prejudicando a saúde da mulher. Os sinais e sintomas variam, dependendo da etapa da vida na qual a deficiência de testosterona ocorre.

O desenvolvimento muscular da mulher ocorre com mais facilidade na parte inferior do corpo (pernas e glúteos). “Na parte inferior, a mulher tem um nível de força muito próximo ou igual ao do homem. Então, ela pode ter um desenvolvimento muscular muito parecido com o do homem, em termos de força, volume e ganho muscular,” afirma.

“Mulher é ginóide [possui ombros estreitos e quadril largo] e o homem é andróide [possui ombros largos e quadril estreito]”. Odinei de Jesus explica que esta é a diferença principal entre homens e mulheres, o que não permite um desenvolvimento muscular do tronco e membros superiores da mulher, na mesma proporção do homem. “O homem é andróide e a parte do tronco tem muito mais força. E a mulher é ginóide, tem a parte do quadril e coxa maior, com mais força, por isso que a mulher tem os troncos mais estreitos e o quadril mais largo,“ completa.

Engana-se quem pensa que pode ter um desenvolvimento físico da parte inferior do corpo, sem fortalecer a parte superior. “A mulher treina para desenvolver o que elas mais querem (glúteos, pernas, coxas e abdômen), porém ela precisa fortalecer a parte estrutural, a parte do tronco e membros superiores, para conseguir elevar mais cargas e conseguir evoluir nos treinos direcionados a pernas, coxas e glúteos”.

Além disso, Odinei de Jesus explica que treinar a parte superior ajuda a reduzir a gordura corporal, pois o gasto calórico total é aumentado e tonifica toda a musculatura, deixando um aspecto harmônico. “Imagina a perna, as coxas e o bumbum torneados e os braços e as costas flácidos. Agora, imagina você usar um vestido curto, com as costas nuas, e ter as pernas, coxas e glúteos trabalhados e as costas flácidas. A gente treina a mulher só para fortalecer essa parte do corpo”.

A musculação auxilia no aumento da produção de testosterona. Por isso, diz Odinei, a musculação seria essencial e benéfica para as mulheres, pois a diminuição deste hormônio pode trazer alguns malefícios à saúde e à autoestima, tais como: diminuição ou perda do desejo sexual; diminuição na produção dos hormônios que atraem o sexo oposto; redução da autoestima e da autoconfiança; falta de iniciativa e de vontade se cuidar; aumento de gordura corpórea; diminuição de massa muscular esquelética, de massa óssea e do colesterol bom (HDL); redução do tônus muscular;  e fraqueza.






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