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Um arma nuclear equipada com galinha
Londres - A informação de que ingleses pensaram em usar galinhas vivas numa arma nuclear provocou, hoje, ceticismo na Inglaterra. Mas o chefe de imprensa dos Arquivos Nacionais, Robert Smith, insiste em que não se trata de uma “pegadinha” de 1º de abril.
“É uma história genuína”, afirma.
Os arquivos revelaram um relatório secreto do Ministério da Defesa, de 1957, mostrando que cientistas estudaram a possibilidade de colocar galinhas no invólucro de uma mina terrestre de plutônio. O calor do corpo de galinha foi considerado uma forma possível de evitar que o mecanismo da mina congelasse.
Listando modos de prolongar a existência da mina, o documento agora desclassificado (não mais considerado secreto), propunha “a incorporação de alguma forma de calor independente do suprimento de energia sob o invólucro da arma. Galinhas, com uma produção de calor da ordem de 1.000 BTU (iniciais, em inglês, para Unidade Térmica Britânica) por ave, por dia, são uma possibilidade”.
O dispositivo de sete tonelada, com nome em código de “Pavão Azul”, seria detonado à distância ou por um relógio, na eventualidade de uma retirada das tropas soviéticas invasoras, para evitar que ocupassem a área.
Andy Oppenheimer, co-editor da revista Jane´s World Armies acha a idéia de usar galinha difícil de engolir.
“Tenho a sensação de se tratar de um Primeiro de Abril”, diz. Segundo ele, envolver o dispositivo em fiberglass para mantê-lo aquecido seria uma opção melhor.
Alguns jornais também expressaram ceticismo.
“Hoje é dia para revelar-se a história da uma arma nuclear movida à galinha?”, escreve o The Times de Londres, referindo-se à data. Apesar disso, deu a notícia em sua primeira página.
Tom O´Leary, chefe de educação e interpretação dos Arquivos Nacionais, não tem dúvidas de que o documento é autêntico.
“Não é o tipo de coisa que o serviço faria, uma brincadeira de 1º de Abril”, diz. Segundo ele, a idéia é mencionada brevemente num longo documento. “É puramente como sugestão, num longo documento oficial, que essa idéia foi proposta”, infere, e não há nenhuma indicação de que tenha jamais sido testada.
O plano “Pavão Azul” começou em 1954 e visava a prevenir a ocupação inimiga do território devido à contaminação nuclear. O projeto baseava-se na bomba inglesa “Danúbio Azul”, que consistia em um centro de plutônio rodeado por uma esfera de explosivo, com detonadores espalhados pela superfície.
Um protótipo sobreviveu na coleção histórica do Atomic Weapons Establishment, uma agência governamental que tem sede em Aldermaston. Os detalhes da proposta da galinha estarão na exposição O Estado Secreto, de 2 de abril a 30 de outubro, nos Arquivos Nacionais, em Kew, perto oeste de Londres.
“É uma história genuína”, afirma.
Os arquivos revelaram um relatório secreto do Ministério da Defesa, de 1957, mostrando que cientistas estudaram a possibilidade de colocar galinhas no invólucro de uma mina terrestre de plutônio. O calor do corpo de galinha foi considerado uma forma possível de evitar que o mecanismo da mina congelasse.
Listando modos de prolongar a existência da mina, o documento agora desclassificado (não mais considerado secreto), propunha “a incorporação de alguma forma de calor independente do suprimento de energia sob o invólucro da arma. Galinhas, com uma produção de calor da ordem de 1.000 BTU (iniciais, em inglês, para Unidade Térmica Britânica) por ave, por dia, são uma possibilidade”.
O dispositivo de sete tonelada, com nome em código de “Pavão Azul”, seria detonado à distância ou por um relógio, na eventualidade de uma retirada das tropas soviéticas invasoras, para evitar que ocupassem a área.
Andy Oppenheimer, co-editor da revista Jane´s World Armies acha a idéia de usar galinha difícil de engolir.
“Tenho a sensação de se tratar de um Primeiro de Abril”, diz. Segundo ele, envolver o dispositivo em fiberglass para mantê-lo aquecido seria uma opção melhor.
Alguns jornais também expressaram ceticismo.
“Hoje é dia para revelar-se a história da uma arma nuclear movida à galinha?”, escreve o The Times de Londres, referindo-se à data. Apesar disso, deu a notícia em sua primeira página.
Tom O´Leary, chefe de educação e interpretação dos Arquivos Nacionais, não tem dúvidas de que o documento é autêntico.
“Não é o tipo de coisa que o serviço faria, uma brincadeira de 1º de Abril”, diz. Segundo ele, a idéia é mencionada brevemente num longo documento. “É puramente como sugestão, num longo documento oficial, que essa idéia foi proposta”, infere, e não há nenhuma indicação de que tenha jamais sido testada.
O plano “Pavão Azul” começou em 1954 e visava a prevenir a ocupação inimiga do território devido à contaminação nuclear. O projeto baseava-se na bomba inglesa “Danúbio Azul”, que consistia em um centro de plutônio rodeado por uma esfera de explosivo, com detonadores espalhados pela superfície.
Um protótipo sobreviveu na coleção histórica do Atomic Weapons Establishment, uma agência governamental que tem sede em Aldermaston. Os detalhes da proposta da galinha estarão na exposição O Estado Secreto, de 2 de abril a 30 de outubro, nos Arquivos Nacionais, em Kew, perto oeste de Londres.
Fonte:
AE - AP
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/387234/visualizar/
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