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Saúde
Sexta - 05 de Março de 2004 às 09:56
Por: Ruth Helena Bellinghini

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Natal - Cérebros de homens e mulheres são tão diferentes que até medicamentos como ansiolíticos podem funcionar melhor em uns que em outros. A médica Maria Bernadete Cordeiro de Souza, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), pesquisa as diferenças nos cérebros de machos e fêmeas desde 1989, usando sagüis. Ela apresentou parte de seus estudos no 1.º Simpósio de Neurociência, em Natal.

Segundo Bernadete, os mecanismos que produzem essas diferenças ocorrem ainda no estágio embrionário. “Nossos cérebros, nossas emoções são diferentes.” As diferenças entre machos e fêmeas surgiram, explica ela, no processo evolutivo, também como resposta às pressões e estresses ambientais.

Sabe-se, por exemplo, que, ainda no útero, os embriões do sexo masculino sintetizam testosterona e esse hormônio tem efeito na organização do cérebro em desenvolvimento. “Ela deixa de ser sintetizada no nascimento e só volta na puberdade, quando vai ativar várias características do organismo e também influenciar as emoções.”

Discernimento espacial

Foi a evolução, por exemplo, que fez com que o cérebro dos homens tivesse uma maior capacidade de discernimento espacial. “O macho precisava saber se orientar, para perseguir a caça e voltar para casa.”

Já o cérebro da mulher tem maior capacidade de discernimento verbal. “Isso tem a ver com sua necessidade de criar filhos, de distinguir um choro de fome do choro de dor de um bebê, algo que elas preservam até hoje.”

Machos e fêmeas também reagem de forma diferente a situações de estresse. No caso dos sagüis, as fêmeas reagem melhor a situações de separação do grupo. “Na natureza, as fêmeas trocam de grupo, enquanto os machos, não.”




Fonte: O Estadão.com

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