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Waldomiro foi gravado mais de uma vez no aeroporto de Brasília
O ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Casa Civil Waldomiro Diniz, acusado de cobrar propina e arrecadar recursos ilegais para campanhas eleitorais em 2002, foi monitorado e gravado por mais de uma vez no Aeroporto de Brasília durante o ano passado.
O relatório elaborado pela comissão de sindicância da Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária) --que apura a responsabilidade de funcionários da empresa nas filmagens de encontros entre Waldomiro e o empresário do jogo Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira,-- encontrou fortes indícios de que o ex-funcionário do Palácio do Planalto estava sendo "vigiado".
Os indícios se baseiam em conflitos de imagens entre a fita que está em poder do Ministério Público e a que está com a Polícia Civil, que supostamente seriam sobre o mesmo encontro entre Waldomiro e Cachoeira no aeroporto, em que o ex-subchefe recebe uma sacola e segue caminhando pelo saguão do aeroporto.
Detalhes diferenciados entre as gravações, no entanto, apontam para a existência de duas ou mais fitas, o que pode significar que Waldomiro estava sendo "vigiado". As imagens gravadas pela Infraero teriam sido feitas a pedido de policiais civis. É nesse sentido que as investigações tocadas pela Polícia Federal têm avançado mais: para descobrir os mandantes das gravações.
Além dessas imagens, há também uma fita --gravada por Cachoeira e revelada pela revista "Época" no dia 13 de fevereiro--, na qual os dois negociam propina e acertam valores para financiar as campanhas eleitorais em 2002 de Rosinha Matheus (PMDB, na época no PSB) e de Benedita da Silva (PT) ao governo do Rio de Janeiro e de Geraldo Magella (PT) ao governo do Distrito Federal.
Depoimento
Carlos Braga, que chefiava as operações da Infraero na época, depôs hoje à PF. Durante pouco mais de uma hora de depoimento, Braga confirmou a versão de que dois policiais civis dirigiram as gravações (escolheram o roteiro das câmeras) e um terceiro requisitou a fita dias depois.
O delegado da PF responsável pelas investigações, Antonio Cezar Nunes, após colher o depoimento, confirmou haver "indícios de que policiais civis participaram das gravações da fita no aeroporto", mas disse desconhecer informações sobre envolvimento de congressistas no episódio.
Braga disse não ter recebido nenhuma solicitação por escrito para permitir o acesso dos policiais civis, que teriam chegado à sala de gravações com autorização de algum superior seu, e que faz parte do procedimento não pedir identificação.
O funcionário revelou que foi utilizado o sistema "multiplex", pelo qual se acompanha o trajeto de uma pessoa por todo o aeroporto, mobilizando diversas câmeras para registrar o percurso. Esse sistema só é usado quando há interesse ou suspeita sobre algum passageiro. Disse também ser atípico entregar fitas à matriz da Infraero, como ocorreu no caso.
O relatório elaborado pela comissão de sindicância da Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária) --que apura a responsabilidade de funcionários da empresa nas filmagens de encontros entre Waldomiro e o empresário do jogo Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira,-- encontrou fortes indícios de que o ex-funcionário do Palácio do Planalto estava sendo "vigiado".
Os indícios se baseiam em conflitos de imagens entre a fita que está em poder do Ministério Público e a que está com a Polícia Civil, que supostamente seriam sobre o mesmo encontro entre Waldomiro e Cachoeira no aeroporto, em que o ex-subchefe recebe uma sacola e segue caminhando pelo saguão do aeroporto.
Detalhes diferenciados entre as gravações, no entanto, apontam para a existência de duas ou mais fitas, o que pode significar que Waldomiro estava sendo "vigiado". As imagens gravadas pela Infraero teriam sido feitas a pedido de policiais civis. É nesse sentido que as investigações tocadas pela Polícia Federal têm avançado mais: para descobrir os mandantes das gravações.
Além dessas imagens, há também uma fita --gravada por Cachoeira e revelada pela revista "Época" no dia 13 de fevereiro--, na qual os dois negociam propina e acertam valores para financiar as campanhas eleitorais em 2002 de Rosinha Matheus (PMDB, na época no PSB) e de Benedita da Silva (PT) ao governo do Rio de Janeiro e de Geraldo Magella (PT) ao governo do Distrito Federal.
Depoimento
Carlos Braga, que chefiava as operações da Infraero na época, depôs hoje à PF. Durante pouco mais de uma hora de depoimento, Braga confirmou a versão de que dois policiais civis dirigiram as gravações (escolheram o roteiro das câmeras) e um terceiro requisitou a fita dias depois.
O delegado da PF responsável pelas investigações, Antonio Cezar Nunes, após colher o depoimento, confirmou haver "indícios de que policiais civis participaram das gravações da fita no aeroporto", mas disse desconhecer informações sobre envolvimento de congressistas no episódio.
Braga disse não ter recebido nenhuma solicitação por escrito para permitir o acesso dos policiais civis, que teriam chegado à sala de gravações com autorização de algum superior seu, e que faz parte do procedimento não pedir identificação.
O funcionário revelou que foi utilizado o sistema "multiplex", pelo qual se acompanha o trajeto de uma pessoa por todo o aeroporto, mobilizando diversas câmeras para registrar o percurso. Esse sistema só é usado quando há interesse ou suspeita sobre algum passageiro. Disse também ser atípico entregar fitas à matriz da Infraero, como ocorreu no caso.
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/387403/visualizar/
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