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Transgênicos dependem de aceitação popular, diz americano
Foz do Iguaçu (PR) - O chefe do Programa Nacional de Pesquisa de Oleaginosas e Biociência do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), Richard Wilson, acredita que os produtos geneticamente modificados terão força no Brasil se os consumidores forem convencidos de que são bons. "O que vai influenciar é o consumidor. A virada se dá com a credibilidade, com o consumidor acreditando na qualidade do produto", disse Wilson, defensor ardoroso das técnicas de transgenia.
Ele atribuiu à falta de credibilidade à forte oposição aos transgênicos na Europa. "Foi dada pouca informação no lançamento", avaliou. "Começou errado e aí a tendência é ficar errado." Nos Estados Unidos a aceitação foi imediata, mesmo sem ter havido qualquer trabalho de marketing. "Não houve rompantes contra", afirmou. "Em geral, parece que a população aceitou a regulamentação."
Economia
No USDA há duas divisões que trabalham com transgenia. "Uma fiscaliza a outra para mostrar ao público como o trabalho é sério e transmitir segurança." Os fazendeiros também não teriam do que reclamar. Segundo Wilson, a economia com agrotóxicos é de US$ 25 por hectare. "O fazendeiro gosta de ver a propriedade bem limpa e de ter ganhos de produtividade", afirmou.
A expectativa dele é que haja uma melhora na exportação, sobretudo para a Europa, que começa a ter confiança nos transgênicos, aceitando-os com rotulagem.
Os Estados Unidos têm uma experiência de nove anos com a soja transgênica, com 80% da produção geneticamente modificada. "Os Estados Unidos têm a maior população-teste", disse Wilson a cerca de 1.500 pessoas que participam da 7ª Conferência Mundial de Pesquisa de Soja, em Foz do Iguaçu. "Não há evidência de que os transgênicos ofereçam mais riscos do que os produtos tradicionais."
Sem monopólio
Para Wilson, as pesquisas chegaram a um estágio tão avançado que não há mais retorno. Mas ele não acredita em monopólio de uma única empresa. "Todo mundo tem opção de desenvolver sua própria soja", argumentou.
A melhor resposta à pergunta sobre se vale a pena investir em produtos geneticamente modificados, avalia, seria dada pelos 16 países que têm cerca de 58,6 milhões de hectares com transgênicos, o que corresponde a 22% da produção mundial.
Desse volume, 50% seriam de soja. Levando-se em conta todos os produtos, também os EUA estão na liderança, com 66% de produção transgênica. A seguir vem a Argentina, com 23% da produção, seguida do Canadá, com 6%.
Produto caro
Mesmo nos países onde os transgênicos são aceitos sem protestos há problemas a serem resolvidos. "O produto é bom, mas temos que reduzir os custos de regulamentação", afirmou o representante do USDA. "A perspectiva é de que não haja uma inundação de transgênicos, pois eles serão caros."
Para evitar maiores problemas o Conselho Nacional de Pesquisa Norte-Americano tem selecionado os produtos com menos dúvidas para liberação rápida. "Os que precisam de menos atenção teoricamente terão custos mais baixos", acredita Wilson.
Ele atribuiu à falta de credibilidade à forte oposição aos transgênicos na Europa. "Foi dada pouca informação no lançamento", avaliou. "Começou errado e aí a tendência é ficar errado." Nos Estados Unidos a aceitação foi imediata, mesmo sem ter havido qualquer trabalho de marketing. "Não houve rompantes contra", afirmou. "Em geral, parece que a população aceitou a regulamentação."
Economia
No USDA há duas divisões que trabalham com transgenia. "Uma fiscaliza a outra para mostrar ao público como o trabalho é sério e transmitir segurança." Os fazendeiros também não teriam do que reclamar. Segundo Wilson, a economia com agrotóxicos é de US$ 25 por hectare. "O fazendeiro gosta de ver a propriedade bem limpa e de ter ganhos de produtividade", afirmou.
A expectativa dele é que haja uma melhora na exportação, sobretudo para a Europa, que começa a ter confiança nos transgênicos, aceitando-os com rotulagem.
Os Estados Unidos têm uma experiência de nove anos com a soja transgênica, com 80% da produção geneticamente modificada. "Os Estados Unidos têm a maior população-teste", disse Wilson a cerca de 1.500 pessoas que participam da 7ª Conferência Mundial de Pesquisa de Soja, em Foz do Iguaçu. "Não há evidência de que os transgênicos ofereçam mais riscos do que os produtos tradicionais."
Sem monopólio
Para Wilson, as pesquisas chegaram a um estágio tão avançado que não há mais retorno. Mas ele não acredita em monopólio de uma única empresa. "Todo mundo tem opção de desenvolver sua própria soja", argumentou.
A melhor resposta à pergunta sobre se vale a pena investir em produtos geneticamente modificados, avalia, seria dada pelos 16 países que têm cerca de 58,6 milhões de hectares com transgênicos, o que corresponde a 22% da produção mundial.
Desse volume, 50% seriam de soja. Levando-se em conta todos os produtos, também os EUA estão na liderança, com 66% de produção transgênica. A seguir vem a Argentina, com 23% da produção, seguida do Canadá, com 6%.
Produto caro
Mesmo nos países onde os transgênicos são aceitos sem protestos há problemas a serem resolvidos. "O produto é bom, mas temos que reduzir os custos de regulamentação", afirmou o representante do USDA. "A perspectiva é de que não haja uma inundação de transgênicos, pois eles serão caros."
Para evitar maiores problemas o Conselho Nacional de Pesquisa Norte-Americano tem selecionado os produtos com menos dúvidas para liberação rápida. "Os que precisam de menos atenção teoricamente terão custos mais baixos", acredita Wilson.
Fonte:
O Estadão.com
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/387424/visualizar/
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