Procurador analisará ação contra Ságuas

O promotor de Justiça Thiago Scarpelini remeteu ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) os termos de declaração do deputado estadual Ságuas Moraes (PT) e outras 25 pessoas detidas acusadas de compra de voto em favor do petista que é um dos principais concorrentes da sigla a deputado federal. A decisão se deve ao foro privilegiado do deputado, que só poderá eventualmente ser processado em segunda instância.

O promotor remeteu os termos de declaração ontem e caberá ao TRE enviar o caso ao procurador regional eleitoral, Thiago Lemos de Andrade, que poderá propor ou não ação de investigação judicial eleitoral visando a cassação do registro da candidatura de Ságuas.

O promotor de Justiça frisou ontem, através da Assessoria de Imprensa do Ministério Público Estadual, que nem avaliou os termos de declaração colhidos pelo delegado Marcelo Graciano da Silva. O procurador regional Thiago Lemos, a quem caberá decidir se aciona ou não judicialmente Ságuas por causa do foro privilegiado do parlamentar, não comentou o assunto.

Ságuas foi detido por compra de votos na quarta-feira em Arenápolis (a 260 km de Cuiabá). Também foram detidos o prefeito Farid Tenório (DEM), a primeira-dama Ana Tenório, a secretaria municipal de Educação, Elma de Oliveira, a vereadora Noêmia Maria de Souza (ambas do PT) e 20 eleitores que participaram de um ato político no qual foi distribuído almoço aos presentes, o que é proibido por lei. Ságuas garante que não sabia do almoço, mas frisa que as pessoas que acompanharam o ato são apoiadores.