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Internacional
Segunda - 30 de Novembro de -0001 às 00:00

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O presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, ganhou o apoio dos chefes do Exército de seu rival derrotado, Laurent Gbagbo, enquanto a União Europeia (UE) e o Banco Mundial prometeram apoio financeiro para ajudar a encerrar as prolongadas divisões no país.

Os chefes militares que lutaram por Gbagbo --incluindo o chefe de equipe, general Philippe Mangou-- juraram lealdade a Ouattara na terça-feira, um dia depois da captura de Gbagbo, que se recusava a abandonar o poder após as eleições de novembro.

Um assessor de Mangou disse à Reuters que o general pediu a todas as forças de segurança e policiais que apoiassem Ouattara depois de uma reunião na sede da nova presidência, em Abidjã.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ligou para cumprimentar Ouattara por ele ter assumindo suas funções e ofereceu apoio aos esforços para unir o país e restabelecer a segurança.

A UE também pediu para que Ouattara formasse um governo de unidade nacional para ajudar a colocar o país devastado pela guerra de volta nos trilhos e prometeu apoio ao novo governo.

O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, disse em entrevista coletiva que irá se encontrar com autoridades marfinenses nesta semana durante as reuniões do banco e do Fundo Monetário Internacional (FMI), em Washington, para discutir uma maneira de ajudar a Costa do Marfim.

O Banco Mundial congelou sua ajuda ao país africano em dezembro.

A prisão de Gbagbo encerrou quatro meses de luta pelo poder que deixou mais de mil mortos, mais de um milhão de desabrigados e a economia do país em frangalhos.

INVASÃO E PRISÃO

Gbagbo foi preso ontem durante uma invasão à sua residência. Participaram da ação as tropas leais ao oposicionista Ouattara, com o apoio de tropas das Nações Unidas e da França, que também mantém uma missão de paz no país.

"A missão da ONU na Costa do Marfim confirma que o ex-presidente Laurent Gbagbo se rendeu às forças de Outtara e está sob custódia", disse o porta-voz da organização, Farhan Haq. Segundo ele, a missão da ONU no país, conhecida como UNOCI, está providenciando "segurança, de acordo com seu mandato".

O enviado da ONU ao país, Youssoufou Bamba, disse que Gbagbo está "vivo e bem" após sua detenção e será levado a julgamento.

Gbagbo e sua mulher, Simone, foram levados ao quartel-general de Ouattara, afirmou Anne Ouloto, porta-voz do presidente reconhecido internacionalmente.

O presidente estava vivendo em um bunker na residência em Abidjã há cerca de uma semana. Depois de uma década no poder, ele se recusa a sair apesar de as Nações Unidas terem reconhecido o presidente eleito nas eleições de novembro, Alassane OuattaraNa região comercial de Plateau, testemunhas dizem ter visto soldados franceses se confrontando com seguidores de Gbagbo perto do palácio presidencial.

Gbagbo perdeu o controle do país há cerca de duas semanas, quando partidários de Ouattara tomaram conta do norte e do oeste do país, além de Abdijã.

A atual crise marfinense começou depois do segundo turno das eleições presidenciais, em 28 de novembro, quando Gbagbo, presidente da Costa do Marfim desde 2000, se negou a admitir sua derrota frente a Ouattara e a ceder o poder, apesar do forte pressão internacional para que deixe a presidência





Fonte: Reuters

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