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Segunda - 15 de Outubro de 2012 às 08:33
Por: Gabriela Galvão

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   Totalmente contrário à proibição de pesquisas de intenção de voto, o analista político Louremberg Alves defende a obrigatoriedade da divulgação dos contratantes do levantamento a fim de evitar comentários e eventuais beneficiados. A declaração se deve aos erros ocorridos nas amostragens realizadas em Cuiabá, Várzea Grande e Cáceres durante a campanha deste ano.

 

    Na opinião de Louremberg, os eleitores precisam amadurecer e não votar em “A” ou “B” simplesmente por estar à frente das pesquisas, mas sim utilizá-las como instrumento de balanço e avaliação, bem como para discutir sobre política. “Sou a favor da divulgação de pesquisa até mesmo no dia da eleição. Ela faz parte da democracia”.

   O problema, par ele, é que ainda existe uma camada de eleitores que acaba votando no candidato que aparece na frente nas pesquisas para não "perder o voto", sem perceber que o voto nunca se perde. Louremberg completa que quem perde é o candidato, ao passo que o eleitor cumpre seu papel quando vota conforme sua consciência.

   Para o articulista, o equivoco em relação aos candidatos que estavam no topo das pesquisas nos 3 municípios mais comentados desta eleição talvez se deva à disputa muito acirrada. Em Cuiabá, a maioria das amostragens apontava Lúdio Cabral (PT) na frente de Mauro Mendes (PSB) e algumas chegaram a declará-lo vencedor ainda no primeiro turno. A disputa acabou indo para o segundo turno entre eles. Além disso, o socialista teve cerca de 6 mil votos a mais que o petista.

   Já em Várzea Grande todas as pesquisas consagravam Lucimar Campos (DEM) a prefeita do município. Quem acabou vencendo, no entanto, foi Walace Guimarães (PMDB), numa diferença de pouco mais de 3 mil votos. A surpresa em Cáceres foi Francis Maris (PMDB), eleito com uma diferença de 312 votos em relação a Leonardo Oliveira (PSD), que era trazido como favorito por todos os levantamentos.

   Mesmo com possíveis erros, o analista considera as pesquisas fundamentais dentro de uma campanha. Ele lembra que elas trazem vantagens para o partido, coligação, candidato e para o eleitor. “Todos precisam desse instrumento para avaliação. Os partidos, por exemplo, a utilizam para analisar uma eventual mudança de estratégia e discurso”.

   Mas Louremberg também faz um alerta, ao ressaltar que determinado candidato pode construir a imagem de vítima em cima das amostragens e que isso pode acabar se tornando um dividendo eleitoral.





Fonte: RDNEWS

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