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Terça - 21 de Janeiro de 2014 às 18:29
Por: Patrícia Neves

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Patrícia Neves/Olhar Direto

Apesar da aparente calmaria, as gangues do ‘Morro do Tambor’, ‘Aldeia’, ‘São Mateus (Brejinho) e do Campo Velho continuam a atuar na região do Dom Aquino, em Cuiabá, disputando ‘espaço’ e assustando os cerca de 17 mil moradores do bairro. Na noite de segunda-feira, três pessoas, dentre elas uma criança de dois anos, foram baleadas na região ‘pertencente’ a turma do ‘Morro’. A criança foi ferida no tornozelo e passa bem. Já um dos adultos feridos teve de ser internado na Unidade de Terapia Intensiva do Pronto-Socorro de Cuiabá.

“O problema nessa região é histórico. As polícias têm conhecimento da questão e sabem da situação. As áreas com maior concentração de violência já foram mapeadas. Sem dúvida, a instalação da sede da Rotam, há cerca de 4 anos, ajudou a melhorar, mas faltam abordagens”. A reclamação é do presidente do bairro Dom Aquino, Martinho Reis da Conceição. Há 47 anos ele mora na localidade e há cinco anos presidente a Associação dos Moradores.

Para ele, é preciso unir ações ostensivas, políticas públicas para região, além de medidas educativas. “O bairro é grande, muito antigo, mas sofre com a falta de ação do poder público. Por exemplo, nós temos uma quadra em que um professor voluntário ministra aulas de futebol. O que nós queremos é quebrar essa rotina de violência e promover a integração entre moradores de bairros distintos”.  O presidente conta que cada 'turma' possui um espaço pré-definido de atuação e qualquer  tentativa de invasão pode resultar em atos de violência.

A recepcionista L.H. de 38 anos, reside na região há 33  e cita que os problemas nunca desapareceram. 'Sempre nos finais de semana temos notícias. O bairro é loteado pelas gangues". 

Polícia Militar 

O comandante regional de Cuiabá, coronel Jadir Metello Costa, afirmou que a PM realiza rondas na região e garantiu que o policiamento pode ser intensificado. Quanto à reclamação sobre o mapeamento das áreas, ele ponderou que as situações, hoje, registradas na área são esporádicas considerando todo o trabalho desenvolvido ao longo dos anos na região. “Não se trata mais de uma situação corriqueira, são fatos isolados”. 

Pontua que a Polícia desempenha sua função de prevenção, mas o grande problema é o tráfico de drogas e a disputa pelo território. Para ele, acabar com o tráfico é uma missão que exige a adoção de uma série de medidas conjuntas. 

Citou ainda que a Polícia Militar já dispõem de informações quanto à autoria da tripla tentativa de assassinato e os dois autores do crime são moradores do bairro Campo Velho.





Fonte: Olhar Direto

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