Técnicos do Tocantins conhecem tecnologia usada no controle interno de Mato Grosso
Equipe técnica da Controladoria Geral do Estado do Tocantins (CGE-TO) esteve nesta quinta-feira (23.01) na Auditoria Geral de Mato Grosso (AGE-MT) para conhecer o Sistema de Controle Interno (SCI) utilizado em Mato Grosso. Este é o sétimo órgão de controle interno de a se interessar pela ferramenta.
O secretário-auditor geral do Estado, José Alves Pereira Filho, destacou que o órgão tem grande satisfação em compartilhar a experiência e, eventualmente, até o software, na perspectiva de que técnicos de controle de outros estados possam contribuir com ideias para o aperfeiçoamento da ferramenta e, consequentemente, os trabalhos de auditoria e controle interno no uso dos recursos públicos em todo o país.
“Temos o maior interesse que nossa equipe troque experiências e aprenda com a realidade de órgãos de controle interno de outros estados para que possamos aperfeiçoar a ferramenta. Futuramente podemos até pensar em criar programas padrões no âmbito do Conaci (Conselho Nacional de Controle Interno, colegiado que representa as controladorias estaduais e municipais)”, ressaltou.
O secretário-executivo da CGE-TO, José Pedro Dias Leite, observou que o interesse na ferramenta surgiu durante a apresentação do sistema na 9ª Reunião Técnica do Conaci, em novembro de 2013, em Porto Alegre (RS). Segundo ele, a CGE-TO já planejava desenvolver solução semelhante. “As funcionalidades da ferramenta vêm ao encontro do que pretendemos implantar em Tocantins", frisou.
Na visita, auditores do Estado e técnicos do Centro de Processamento de Dados do Mato Grosso (Cepromat), responsáveis pelo desenvolvimento do software, explicaram que o sistema concentra informações de todo o ciclo de auditoria, do planejamento à execução dos trabalhos e elaboração dos produtos (relatórios, orientações técnicas, pareceres, entre outros).
O superintendente de Auditoria em Tecnologia da Informação (AGE-MT), Anderson Escobar, ressaltou que as áreas de auditoria (pessoal, convênios, contabilidade, aquisições, etc) podem aproveitar dados e análises para o levantamento de outras situações, de forma a otimizar as atividades. “Além disso, o sistema possibilita a integração das equipes em relação a um mesmo objeto”, observou.
O SCI está em operação desde janeiro de 2013, porém começou a ser desenvolvido em março de 2011. Até então, todo o ciclo de auditoria era controlado manualmente. O secretário-adjunto de Auditoria, Emerson Hideki Hayashida, destacou que o Cepromat, em parceria com a AGE, já trabalha no aprimoramento do sistema.
GERENCIAMENTO DE RISCOS
Os visitantes também conheceram a sistemática de cruzamento eletrônico de dados entre sistemas administrativos e finalísticos do Governo do Estado e de outros Poderes e esferas para geração de diagnósticos, indícios de riscos e/ou de irregularidades propriamente ditas na aplicação dos recursos públicos.
A partir de temas como dispensa de licitação, pagamento de subsídios, posse ilegal em cargos públicos, entre outros, o mecanismo trabalha com a verificação de situações, chamadas “trilhas”, que indicam ocorrências atípicas em determinados processos, as quais merecem atenção especial dos auditores.
O coordenador de Diagnóstico e Inteligência da AGE, Anderlei Barbosa, explicou que as ocorrências são analisadas com vistas, principalmente, a prever situações futuras que poderiam ocasionar prejuízos ao Estado, de forma a permitir providências antecipadas.
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