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Economia
Sábado - 25 de Janeiro de 2014 às 18:28

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Pelo segundo ano consecutivo Mato Grosso registra queda no rebanho de bovinos e bubalinos e encerrou 2013 com uma população de bovinos e bubalinos de 28.427.059, redução 0,84% em comparação com 2012. Comparando com 2011, o rebanho mato-grossense está 2,57% menor, ou com 749.984 mil cabeças a menos. Os números divulgados pelo Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) são resultados da segunda etapa da vacinação do ano passado ocorrida em novembro. A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) vinha anunciando esta queda no rebanho desde meados de 2012, quando o aumento da participação de fêmeas nos abates começou a ser registrado.

Apesar da queda ser inferior a 1%, o volume é significativo, visto que representa 243.409 mil animais. O superintendente da Acrimat, Luciano Vacari, destaca que a redução do rebanho deve se perpetuar pelos próximos dois anos, pelo menos. “A redução teve início em 2012 devido ao abate de fêmeas. A partir de agora, a redução também será consequências desses abates, porém será o reflexo dos bezerros que deixarão de nascer”.

Além do aumento na participação das fêmeas, a crescente demanda por carne bovina é outro fator que irá contribuir a diminuição do rebanho. “Fechamos o ano passado com mais de 6 milhões de abates no Estado. Será que este ano iremos conseguir manter este volume com menos vacas indo para o gancho”, questiona Luciano Vacari ao relembrar que 45% dos animais abatidos eram fêmeas.

Neste cenário, Vacari avalia que 2014 deverá ser um bom ano para a pecuária de corte, com bezerros e touros valorizados e, por isso, com a arroba estabilizada. No final do ano passado, o valor da arroba em Mato Grosso ultrapassou a casa dos R$ 100 em algumas regiões, como Centro Sul. Porém, no Norte do Estado, onde está concentrado o maior número de animais, a arroba ainda não passa dos R$ 95. “Falta de infraestrutura logística e poucas opções de plantas frigoríficas impedem que o produtor da região tenha uma remuneração compatível com os preços dos grandes centros” analisa Luciano.

Vacinação

Mais uma vez os produtores mato-grossenses demonstraram o comprometimento com a sanidade do rebanho e cumpriu com sua parte. Foram imunizados em novembro 99,42% do rebanho, ou seja, 28.261.099 animais. De acordo com o Indea, juntamente com o Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), são os órgãos responsáveis pela regulamentação, divulgação, educação sanitária, controle e fiscalização da vacinação, cabendo ao produtor arcar com a aquisição e aplicação da vacina.

De acordo com diretora técnica substituto do Indea, Daniella Soares, os produtores que não vacinaram seu rebanho terão de pagar uma multa pecuniária no valor de 2,25 (UPF/MT) por cabeça não vacinada, que corresponde a aproximadamente 230 reais, além de ter de realizar a vacinação com a presença do Indea . “Os técnicos do INDEA estão visitando todas as propriedades inadimplentes do Estado e dando um prazo de 72 horas para realização da vacinação”.

Mato Grosso está livre da aftosa há 17 anos, o que garante a boa penetração da carne em mercados importantes como Europa e Ásia.





Fonte: O Documento

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